Diretor-presidente do Valladolid, David Espinar não mentiu quando revelou, nos últimos dias, que Ronaldo Fenômeno está em busca de mais clubes para comprar – o Alianza Lima, do Peru, é um dos candidatos. Mas o que faz o dono de Cruzeiro e Valladolid pensar na ideia de ter um grupo de times pelo mundo?
“O Ronaldo constatou que esse é um dos negócios mais rentáveis entre todos aqueles que ele administra”, explica um dos diretores do Cruzeiro, em contato com a coluna.
“Tanto o Valladolid quanto o Cruzeiro já valem hoje muito mais do que o dinheiro investido pelo Ronaldo quando da compra”, acrescenta o dirigente, chamando atenção para outro ponto: as cifras envolvidas nas aquisições representam uma fatia importante de seu patrimônio, estimado em US$ 160 milhões.
O pequenino Valladolid teve 51% de suas ações compradas em 2018 por 30 milhões de euros. O negócio se mostrou tão vantajoso que R9 adquiriu, meses depois, mais 20% e hoje tem o controle acionário de 82%.
O maior feito do Valladolid dentro de campo foi se manter por três temporadas seguidas na primeira divisão. E, apesar de um rebaixamento, sua capacidade de arrecadação saltou de 18 milhões de euros para 76 milhões de euros no ano 2021-22.
Já existem, inclusive, rumores de que Ronaldo cogita vender o clube espanhol, em transação com cifras quatro vezes maiores.
O Cruzeiro com Ronaldo
No Cruzeiro, a receita de R$ 123 milhões em 2020 e R$ 143 milhões em 2021 deve ultrapassar os R$ 250 milhões em 2023, com a volta para a Série A do Brasileiro.
Antes mesmo de assegurar o título na Segundona, Ronaldo já havia sido consultado por um grupo farmacêutico com atuação no futebol brasileiro.
Quando perguntado a respeito da venda de um percentual de suas ações, o Fenômeno pediu R$ 110 milhões por apenas 10%. Com a lembrança de que ele prometera investir R$ 400 milhões em troca de 90% da SAF da Raposa.