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Com chuva, terceira caminhada dos Filhos de Gandhy à Oxum e Oxalá é realizada em Salvador

A chuva que caiu na manhã deste sábado (7) em Salvador não desanimou os Filhos de Gandhy, que foram reverenciar Oxum e Oxalá no primeiro sábado de 2023, como fazem há alguns anos. O cortejo saiu da rua Maciel de Baixo, no Pelourinho, passou pela rua Chile, Praça da Sé, Igreja de Santana e parou no Dique do Tororó, nas águas doces e calmas.

Pelo terceiro ano, a caminhada levou não só os associados dos Filhos de Gandhy, mas também diversas entidades de candomblé e umbanda, com o som da Banda Didá para agradecer pelo ano anterior e pedir proteção pelo ano que está iniciando. 

Segundo Orlando Santos, diretor executivo e diretor do departamento de comunicação dos Filhos de Gandhy, essa foi a terceira caminhada que o afoxé fez. A iniciativa aconteceu após a entrada do novo presidente, Gilsoney Oliveira, que ocupou o cargo em 2017. O cortejo não ocorria porque era concentrado em uma única data.

“A caminhada foi uma questão do presidente para preencher todo o processo de uma lacuna que se iniciou há muitos anos. O antigo gestor não fazia essa caminhada para Oxum e Oxalá nas águas doces, apenas concentrava tudo no 2 de fevereiro, na festa para Iemanjá, nas águas salgadas. Então foi decidido e implementado no calendário oficial”, explica ao CORREIO.

Com isso, os Filhos de Gandhy realizam, desde 2017, a caminhada para os orixás em janeiro e em fevereiro – para Iemanjá. Com peixes, flores e vários outros presentes à Oxum e Oxalá, mais de 600 pessoas caminharam pelas ruas do Centro de Salvador cantando ijexás. “Hoje atrasou um pouco por causa da chuva, mas ninguém deixou de ir. Chegamos 12h30 no Dique e entregamos nossas oferendas”, comenta Orlando.

Ainda de acordo com o diretor executivo, essa seria a 5ª caminhada, mas devido a pandemia da covid-19, as reverenciações deram uma pausa. Por ser um afoxé majoritariamente masculino, o cortejo recebeu várias ialorixás que também estavam presentes para deixar as oferendas nas águas tranquilas do Dique do Tororó. “Veio o terreiro Rei das Estrelas, de Santo Amaro, com 20 pessoas. O pai Antônio Carlos, mais conhecido como Pai Toinho, trouxe seus filhos para a caminhada”.

Iemanjá

Sobre a caminhada para Iemanjá no 2 de fevereiro, que ocorre há mais de 30 anos, Orlando revelou que em 2023, o Gandhy não sairá no fim da tarde, como é de costume, e sim, por volta das 13h. Para os organizadores, não é viável e respeitável chegar à casa da orixá quando o evento religioso já está acabando. 

“A gente vai sair do Pelourinho e vai até o Rio Vermelho para chegar lá às 13h. Quando está concentrando muito tarde, não tem o mesmo efeito religioso para quem está indo levar as oferendas. A festa já tomou outro rumo”, explica. 

 

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