InícioEditorialCom nova gestão, Nunes se coloca como opção a suceder Tarcísio em 2026

Com nova gestão, Nunes se coloca como opção a suceder Tarcísio em 2026

São Paulo – A estratégia de Ricardo Nunes (MDB) em nomear ex-prefeitos paulistas para o secretariado no segundo mandato à frente da Prefeitura de São Paulo fez surgir nos bastidores da política paulistana a desconfiança de que o prefeito da capital está preparando o terreno para uma candidatura ao governo do Estado em 2026.

Segundo interlocutores ouvidos pelo Metrópoles, isso aconteceria apenas em um cenário em que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se candidate à presidência da República e, com isso, apoie o nome do aliado para sua sucessão no Palácio dos Bandeirantes. Tarcísio foi o principal fiador da campanha de Nunes à reeleição, no ano passado.

Até o momento, o prefeito da capital nomeou para sua equipe o ex-prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado (Desestatização e Parcerias); o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (Segurança Urbana); o ex-prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (Verde e Meio Ambiente); e o ex-prefeito de Osasco, Rogério Lins (Esportes).

O movimento tem gerado entre políticos da capital comparações com a gestão de José Serra, que nomeou ex-prefeitos para subprefeituras antes de se lançar ao governo estadual. Outro paralelo é com João Doria, que quando governador montou um secretariado com quadros vindos do governo Temer, em uma tentativa de nacionalizar a gestão visando a disputa do Palácio do Planalto em 2022.

A avaliação é que a escolha de ex-prefeitos para compor na gestão pode ser uma tentativa de Nunes de expandir sua influência para além da capital paulista, após ser reeleito com mais de três milhões de votos no segundo turno do pleito de 2024. Ex-vereador e alçado à prefeitura por ser vice de Bruno Covas, morto em 2021, o prefeito ainda é visto como um político municipal.

“A montagem do secretariado aponta para isso [desejo de concorrer ao governo]. Ele tem chamado ex-prefeitos de cidades-satélite, algo similar com o que o Doria fez quando se tornou governador e trouxe ministros para o secretariado. Na época ele mirava a Presidência”, disse um vereador em reservado.

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Nunes posa para foto com cozinheira

Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura
Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite
Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde
Nunes durante visita à represa Billings
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Nunes dá a mão a funcionária pública no centro

Prefeitura de São Paulo

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Nunes posa para foto com cozinheira

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Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura

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Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite

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Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde

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Nunes durante visita à represa Billings

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Nunes olha para planta de obra pública

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O Metrópoles também apurou que o núcleo político de Nunes tem recebido pesquisas que colocam o emedebista como um nome competitivo para disputar o governo de São Paulo caso Tarcísio se candidate à Presidência. “Recebemos algumas pesquisas. Mas ainda é muito cedo para qualquer movimento. No governo do Nunes tem pessoas muito preparadas para 2026”, afirmou reservadamente um aliado.

Embora Tarcísio diga publicamente que pretende se candidatar à reeleição ao governo estadual em 2026, Nunes costuma defender o nome do aliado como candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com Jair Bolsonaro (PL) inelegível, pessoas do entorno do emedebista também consideram que o governador paulista será pressionado para disputar a Presidência da República.

Outro entendimento é que o movimento pode ter simpatia de aliados do ex-presidente, uma vez que, caso Nunes dispute o Palácio dos Bandeirantes, ele teria que renunciar à prefeitura, o que colocaria na cadeira o vice-prefeito Mello Araújo, homem de confiança de Bolsonaro.

Publicamente, o prefeito de São Paulo nega que queira deixar a gestão municipal para tentar o governo do Estado, afirmando que seu foco é completar os quatro anos do atual mandato.

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