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Com transporte público sendo tema central nas eleições, rodoviários ficam sem representação na Câmara de Salvador

Principais vozes da pauta dos rodoviários na Câmara de Salvador, os vereadores Hélio Ferreira (PCdoB) e Tiago Ferreira (PT) não conseguiram renovar seus mandatos e, a partir de janeiro de 2025, a Casa Legislativa não terá representantes diretos da categoria pela primeira vez no passado recente.

Ao final do resultado das urnas neste domingo (6), os edis saíram com 8.039 e 5.236 votos, respectivamente, fracassaram na busca pela reeleição e ficaram apenas na suplência. Hélio terminou a eleição como primeiro suplente da federação Brasil da Esperança, composta por PT/PCdoB/PV. Já Tiago ocupa a quinta posição.

Ligados ao Sindicato dos Rodoviários, os dois levantam as bandeiras dos profissionais e costumam protagonizar campanhas para aumento salarial, melhores condições de trabalho e também intermediaram diálogos no caso do pagamento de verbas rescisórias de trabalhadores da antiga CSN (Concessionária Salvador Norte).

Considerando as últimas eleições em Salvador, de 2016 a 2020, os rodoviários contavam apenas com a representação do vereador Hélio Ferreira. Antes disso, no pleito de 2012, nenhum edil diretamente ligado à causa chegou ao posto na Câmara de Salvador.

A pauta do transporte público e a mobilidade urbana foi uma das principais debatidas ao longo da campanha na capital baiana. O prefeito Bruno Reis (União), reeleito com 78,67% dos votos, chegou a afirmar que setor está em crise na cidade.

Ao Bahia Notícias, o gestor municipal ponta que o cenário é o resultado do aumento de impostos, como o ICMS, e a mudança no comportamento dos usuários dos modais.

“Mesmo com essa crise do transporte público, eu assumi sob intervenção, a pandemia mudou os hábitos das pessoas então, a educação a distância, o ‘tele emprego’ e também os outros modais, Uber, moto táxi. Normal que vai tendo, a medida que vai se tendo avanço da tecnologia, isso foi retirando passageiros do sistema, e hoje a tarifa já não remunera mais”, explica.

O sistema coletivo da capital baiana também foi alvo da campanha de Geraldo Júnior (MDB), vice-governador da Bahia e apontado como principal adversário de Bruno para a eleição. Apesar disso, ele terminou a disputa na terceira colocação, atrás de Kleber Rosa, do PSOL.

Um dos pontos criticados por Geraldo foi sobre a integração metropolitana de transporte. “Salvador não participa da entidade metropolitana. Pergunto ao prefeito o porquê de Salvador não participar. Não dá para pensar no transporte público de Salvador se você não vê o transporte particular”, disse em entrevista ao Bahia Notícias.

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