O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) se tornou alvo de investigação da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República envolvendo a exploração ilegal de madeiras quando ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro. O colegiado instaurou um processo de apuração ética para investigar suposta ingerência do ex-ministro em operação da Polícia Federal (PF), realizada em 2020, na divisa do estado do Pará com o Amazonas. Na época, os agentes da PF atuavam na região para combater a exploração ilegal de madeira.
Salles deixou o governo de Bolsonaro em 2021 após denúncias de que teria beneficiado empresas exportadoras envolvidas no contrabando de madeira ilegal. Ele chegou a ser investigado em operação da Polícia Federal para apurar esquema de liberação de madeiras embargadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). A próxima reunião da Comissão de Ética Pública será realizada no dia 29 de junho, quando deverá haver um posicionamento do colegiado ao processo instaurado contra Salles. De acordo com o Código da Conduta Ética da Alta Administração Federal, o agente ou ex-agente público infrator das normas éticas poderá sofrer sanções que podem impedi-lo de ser nomeado para novos cargos no governo federal.