O que o Carnaval 2023 tem em comum com a Copa do Mundo do Catar para a Rede Globo? Os dois supereventos deixaram prejuízos financeiros importantes para a maior emissora de televisão do país.
Ao contrário do que já aconteceu durante anos de cobertura global, o Carnaval só trouxe dissabores para a Globo, tanto no aspecto financeiro, quando de audiência.
Para que se tenha uma ideia, das cinco cotas de patrocínio colocadas à disposição do mercado publicitário, a emissora conseguiu fechar apenas uma, com a Brahma.
O mercado estima que essa cota – como foi uma negociação de renovação de um contrato anterior – ficou entre R$ 35 e 40 milhões, dinheiro insuficiente pagar os direitos de transmissão e as cotas destinadas às escolas.
Além disso, de acordo com a coluna de Ricardo Feltrin, foi a segunda pior audiência na Grande São Paulo em toda a história dos carnavais transmitidos pela Globo. Este ano a média de ibope ficou em 9,1 pontos.
O grande problema é que o Carnaval – assim como a cobertura de uma Copa do Mundo – é um evento muito caro, que envolve centenas de profissionais.
Na Copa do Catar, como já tratamos aqui na coluna, foi basicamente a mesma coisa. A Globo chegou a faturar mais de R$ 1 bilhão em receita comercial, mas, no final das contas, a despesa foi bem acima disso e deixou um prejuízo considerável.
Junte-se a tudo isso a aposta arriscada que foi feita no Mundial de Clubes. A Globo pagou caro à Fifa pelos direitos do torneio, acreditando (e certamente prometendo aos anunciantes) que haveria uma final apoteótica entre Flamengo e Real Madrid.
Deu tudo errado.
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