Na solicitação, o deputado cita ação da PF desta quarta, a recente fala do presidente Lula de que queria “fod*r com Moro” e como essas declarações poderiam colocar a vida do parlamentar em risco
Facebook/Coronel Meira/Reprodução
Segundo deputado, a CPMI é imprescindível uma vez que a vida do senador corria risco por falas similares à proferida pelo presidente Lula
O deputado federal Coronel Meira (PL) solicitou nesta quarta-feira, 22, a criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) para investigar os planos da organização Primeiro Comando da Capital (PCC) de atentados contra o Senador Sergio Moro e outras autoridades públicas. O texto solicita que participem 15 deputados federais e 15 senadores, obedecendo o princípio da proporcionalidade partidária, para investigar o ocorrido em até 180 dias. “Conforme veiculado pelos meios de comunicação, a Polícia Federal deflagrou, no presente dia (22/03/2023), a Operação Sequaz, com a finalidade de desarticular o planejamento de sequestros e assassinatos de servidores públicos e autoridades, entre eles o Senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava-Jato, pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e outras organizações criminosas. Diante da repercussão da fala do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 21/03/2023 (terça-feira), afirmou que “só vou ficar bem quando foder (sic) com Moro” e do comentário do próprio Senador, em entrevista à CNN, de que sua vida corria risco por conta desse tipo de mensagem, torna-se imprescindível a instalação imediata de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a fim de investigar e elucidar os fatos ora elencados”, argumentou o deputado no pedido.
Na manhã desta quarta-feira, 22, a Polícia Federal deu início uma operação com o objetivo de desarticular organização criminosa que pretendia realizar ataques contra autoridades e servidores públicos. Segundo as investigações, o alvo principal seria o senador Sergio Moro (União Brasil), ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública de Jair Bolsonaro. A Jovem Pan News apurou que o plano foi descoberto ainda em outubro e que o próprio Moro foi informado em janeiro sobre o risco de virar alvo de um atentado por parte de integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A partir daí, o senador reforçou sua segurança pessoal e a de familiares. Os investigados alugaram imóveis em locais estratégicos, inclusive um escritório ao lado de endereços usados por Moro, para monitoramento de sua rotina. O ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato entrou na mira da organização criminosa ao transferir diversas lideranças para presídios de segurança máxima, como ocorreu com Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. O narcotraficante foi levado para Brasília e depois, com a descoberta de um plano de fuga, acabou transferido novamente para Porto Velho, retornando para a capital no início deste ano por determinação do atual ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino.