InícioEditorialPolítica NacionalCPI do MST é encerrada sem aprovar relatório de Ricardo Salles

CPI do MST é encerrada sem aprovar relatório de Ricardo Salles

Parlamentares de oposição que participam da CPI do MST apresentaram nesta quarta-feira, 27, as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em conversa com jornalistas. Inicialmente, a previsão era que o relatório do deputado Ricardo Salles (PL-SP), fosse discutido e votado pelo colegiado na terça, 26. Contudo, um pedido de vista impossibilitou a apreciação do parecer, uma vez que é preciso cumprir o prazo regimental de duas sessões antes que a votação possa acontecer. Assim, o presidente da comissão, deputado federal Coronel Zucco (Republicanos-RS), entrou com um pedido a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, defendendo a prorrogação dos trabalhos até a quinta-feira, 28. Entretanto, ainda não está confirmada a continuidade do colegiado, o que cresce a possibilidade de que a investigação seja encerrada sem a votação do relatório. “Este governo federal joga baixo e cobrou a conta dos partidos governistas e dos cargos entregues. Isso prejudicou diretamente na aprovação do relatório, uma vez que tínhamos os votos necessários para aprovar o texto final. Para fazer frente a tudo isso que testemunhamos, estamos entregando ao presidente da Câmara dos Deputados uma lista de projetos que endurecem as penas contra os invasores de propriedades”, afirmou.

De acordo com Zucco, o pacote “Invasão Zero” reúne propostas apoiadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Entre os projetos que estamos entregando formalmente, o destaque fica para a proposta que veda a concessão de benefícios sociais, crédito agrícola ou nomeação para cargos públicos para quem participa de invasões. “Cabe ao setor produtivo se manter mobilizado, apoiar e pressionar este Parlamento para que essas propostas sejam aprovadas em regime de urgência. Nos próximos dias também será lançada a Frente Parlamentar Invasão Zero. Formado por deputados e senadores, o colegiado terá como objetivo a fiscalização e a tomada de providências para a imediata desocupação de áreas invadidas, concluiu. Como o site da Jovem Pan mostrou, o texto de Salles foi lido na semana passada. No parecer, o relator pede o indiciamento de 11 pessoas, incluindo o general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que é acusado de ter mentido na CPI, e o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha. O relator ainda retirou do rol de indiciados o deputado Valmir Assunção (PT), recuo acordado com lideranças partidárias para ampliar as chances de aprovação do relatório. Salles também cita 25 iniciativas já em tramitação na Câmara dos Deputados que podem trazer segurança jurídica e previsibilidade ao campo.

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