Os crimes digitais registram crescimento de 35% em 2023, com as fraudes envolvendo bancos no topo da lista. Contudo, também houve crescimento ocorrências policiais, o que significa que as pessoas lesadas estão tendo maior consciência sobre a importância de lavrar a ocorrência a fim de comunicar a autoridade policial e solicitar a investigação. O presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoas e Consumidor, Francisco Gomes Júnior, enumera os principais golpes. “O primeiro e que nunca deixa de crescer é o bancário. O do Pix, falsa conta, falda comunicação do gerente, tudo para roubar os dados. O segundo, que também cresceu, é o que chamamos de golpe da maquininha. A pessoa vai fazer uma compra e no momento, ou troca o cartão dela, ou rouba a senha dela e, com isso, se pratica uma série de fraudes bancárias. O terceiro golpe é o do falso emprego. O comunicado que todo mundo já recebeu que tem emprego a sua disposição para trabalhar meio período e, com isso, pedem seus dados e pedem uma taxa para que você possa trabalhar”, fala o especialista.
As tentativas defraude estão cada vez mais sofisticas, as organizações criminosas estão utilizando a inteligência artificial para aplicar golpes em massa, atingindo de uma vez só o maior número possível de pessoas. Júnior fala que hoje as coisas mudaram, pois “não estamos mais falando do golpe individual de um bandido solitário, estamos falando de organizações que praticam golpes massivos, golpes contra um grande número de pessoas. Você manda uma mensagem para um milhão de pessoas, se 10% cair, já são 100 mil”. O especialista também alerta para os novos golpes em 2024. “Não vão mais usar links, será através de uma mensagem de voz gravada de alguma pessoa conhecida, que vai ser criada por inteligência artificial. Você vai receber mensagem de uma pessoa com creibilidade, pedindo doação via pix”. Ele também prevê o crescimento de golpes sobre empresa e destaca a importância de investir em cibersegurança.