Divergências entre os partidos em alguns Estados são um empecilho para a união do bloco, que busca maior tempo de propaganda gratuita e acesso ao fundo partidário
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fachada do palácio do Congresso Nacional, localizado em Brasília, com a Câmara dos Deputados à direita e o Senado Federal à esquerda
Interlocutores ligados ao MDB confirmaram à Jovem Pan News que o partido tem interesse em compor a federação formada por PSDB e Cidadania. Dirigentes das três legendas têm conversado sobre a possibilidade de união e vale lembrar que, nas eleições ano passado, estes partidos chegaram a negociar a formação de uma chapa de terceira via para se contrapor à disputa entre Lula e Bolsonaro, mas sem sucesso. A ideia principal da federação é fortalecer partidos de centro no Congresso Nacional e com foco nas eleições municipais do ano que vem e nas eleições majoritárias de 2026. As divergências entre os partidos em alguns Estados são um empecilho para a união do bloco, pois líderes das siglas não querem abrir mão de influência e alianças regionais em troca de um projeto comum suprapartidário. Nos bastidores existe resistência de Aécio Neves (PSDB), ex-governador mineiro, e de Marconi Perillo (PSDB), ex-governador de Goiás.
No começo de junho, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), defendeu a entrada do MDB na federação durante um evento em Brasília. Importante destacar que, quando uma federação é formada, os partidos passam a atuar como se fosse uma sigla única durante toda a legislatura. Ou seja, por pelo menos 4 anos, entre as eleições majoritárias, as legendas precisam trabalhar juntas. A possível união entre PSDB, MDB e Cidadania visa também um maior tempo de propaganda gratuita e um maior acesso ao fundo partidário.
*Com informações da repórter Iasmin Costa