A Defesa Civil Nacional informou que a probabilidade de enxurradas, alagamentos e inundações no Vale do Acre é “muito alta” neste domingo, 3. Esta é uma das duas mesorregiões do Estado nortista — a outra é o Vale do Juruá — e compreende 47,95% da área total do Estado, com 14 cidades, incluindo a capital Rio Branco. Nas demais localidades, o risco é considerado “alto”. O governo estadual decretou emergência em saúde pública devido às fortes chuvas que atingem a região desde o dia 21 de fevereiro. A inundação de rios e as consequentes mortes levaram o poder público a tomar essa medida. Com o decreto, a Secretaria Estadual de Saúde está autorizada a realizar despesas relacionadas a créditos abertos para ações de saúde pública, movimentar contas bancárias e fundos específicos. O foco agora é na saúde, diferentemente do decreto anterior, que abordava apenas questões ambientais.
O número de cidades em situação de emergência subiu de 17 para 19, devido à cheia dos rios. Milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas em diversas localidades, totalizando aproximadamente 24 mil deslocados, sendo 8.500 desabrigados e 15.500 desalojados. Estima-se que cerca de 100 mil pessoas foram afetadas pelo desastre. Em municípios como Brasileia e Jordão, 80% do território está submerso. Apesar disso, nas últimas 24 horas, o nível do rio em Brasileia diminuiu mais de três metros. Durante a tarde deste sábado, 2, uma embarcação que transportava o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, e o deputado federal Zezinho Barbary, virou no rio Valparaíso, na zona rural do município. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O prefeito relatou o incidente em suas redes sociais, informando que todos estavam seguros e com coletes salva-vidas. A situação na região continua crítica, com a população enfrentando grandes desafios devido às inundações e deslizamentos causados pelas chuvas intensas.