Em entrevista ao Pânico, parlamentar defendeu abertura de CPMI do 8 de janeiro: ‘E a omissão do Flávio Dino?’, questionou
Reprodução/Jovem Pan News
Marcos Pollon foi o convidado do programa Pânico
Nesta terça-feira, o programa Pânico recebeu o parlamentar Marcos Pollon. Deputado federal mais votado do Mato Grosso do Sul, ele afirmou que a base de direita na Câmara está unida para conter as propostas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Eles são profissionais em destruir o Brasil. Eles não têm um plano de governo, têm um plano de vingança. A gente têm uma pauta única, que é impedir que destruam tudo. A direita nunca se organizou como está agora, a gente lota o plenário. Somos os primeiros a chegar e os últimos a sair. Nossa única função é tentar impedir que [a esquerda] destrua tudo”, disse. Pollon, que fundou um dos maiores programas armamentistas do país, lamentou as políticas da União em relação ao tema. “Eu fundei o Pró Armas, maior instituição armamentista fora dos Estados Unidos. Um segmento que gera recurso, empregos. Simplesmente destruíram tudo em uma canetada antes do parlamento se formar e já impactaram em mais de 150 mil demissões. Milhares de empresas estão fechando. Simplesmente, num ano de recessão e colapso no emprego formal, estão fechando um monte de empresa. É só narrativa, não tem nenhum fato. Estão atacando o agro, a propriedade privada e a legítima defesa.”
Favorável à abertura das investigações sobre os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, Pollon acredita que base petista teme abertura de uma CPI ou CPMI. “Eu até acredito que possa sair [CPMI do 8 de janeiro]. Se vocês prestarem atenção, o ladrão está mais desconfortável. Já passou bastante tempo, era para ter se acertado as coisas. Temos o parlamento mais ideológico da história da República. Normalmente, um brasileiro médio está preocupado com a ponte nova, hospital”, disse. Para ele, a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito pode esclarecer a presença de supostos infiltrados e investigar as atitudes de Flávio Dino, atual ministro da Justiça.
“Eles temem a verdade como o demônio teme a cruz. Tudo que envolve a verdade, quando se trata de PT, causa terror nesse pessoal. Existe a possibilidade de terem infiltrados ali, a gente não sabe. Isso vai jogar luz, não estou dizendo que teve nem que não teve. O secretário do DF está preso por omissão, mas e a omissão do Flávio Dino? Que deveria responder pela Guarda Nacional, pelo GSI e por um punhado de gente que deveria estar ali. Por que eles não estavam? O fato de o Lula ter colocado sigilo sobre as imagens do dia 8 já é um grande indício de que há coisas que precisam ser elucidadas.”
Representante do agronegócio, o parlamentar teme que o atual governo privilegie grupos seletos de empresários do ramo. “Estão fomentando a luta de classes em vários temas, quando não usam a pauta identitária. Isso pode gerar uma tragédia, estão incentivando invasões… E a pessoa não vai abrir mão de seu patrimônio e de sua vida de graça assim. É démodê, já era para ter passado. É antigo e completamente abjeto, mas se alimentam disso”, opinou. “É a locomotiva. Eles tentam enfraquecer o agro como iniciativa privada para fortalecer grupos. Se você enfraquece o setor de frigoríficos, um grande frigorífico amigo do rei vai dominar tudo. Assim é a mesma coisa na soja, nos eucaliptos. Eles vão atacando. Muitos desses políticos de esquerda têm muitas extensões de terra”, concluiu.
Confira na íntegra a entrevista com Marcos Pollon: