Parlamentares argumentam que o país não deve ser usado de ‘refúgio’ por nenhum político brasileiro
JOSÉ LUIZ TAVARES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL)
A presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos vem sendo alvo de críticas de parlamentares americanos após os atos de vandalismo do último domingo, 8, quando apoiadores dele invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Congressistas do Partido Democrata, o mesmo do presidente Joe Biden, dizem que os EUA não deviam conceder refúgio a Bolsonaro e pediram a Biden a revogação do visto do ex-presidente. No ofício, eles dizem que os Estados Unidos não devem permitir que Bolsonaro ou qualquer outra autoridade brasileira se refugie no território norte-americano para escapar do julgamento de quaisquer crimes que tenham cometido durante o mandato. Na última segunda-feira, 9, o ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que o governo federal não está planejando pedir a extradição de Bolsonaro, já que, como explicou, só é possível realizar tal medida para alguém que responda a um processo criminal, e que Bolsonaro não está nessa situação.
Apesar das críticas a sua presença nos EUA, a casa em que Bolsonaro está hospedado em Orlando, na Flórida, se tornou uma espécie de ponto turístico. Nesta quinta-feira, 12, apoiadores do ex-presidente estiveram em frente ao local na esperança de ver o político, que deixou o Brasil ainda do fim do mandato, no ano passado. Um grupo de brasileiros se reuniu para rezar e cantar o hino nacional em frente à residência.
*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore