A presença do ministro Flávio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança Pública, causou um novo atrito entre deputados, desta vez na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Convidado para falar sobre decreto de armas, atos de 8 de janeiro, sua ida ao Complexo da Maré e outros temas, Dino aguardava as perguntas dos parlamentares quando começou o bate-boca entre membros do colegiado, com gritos, discussões, acusações de agressões e referências às brigas realizadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O presidente do colegiado, Ubiratan Sanderson (PL-SP), chegou a ser sucessivamente interrompido e a cortar o microfone dos presentes, mas os atritos continuaram. “Se não mantiveram a ordem mínima, o ministro disse que vai levantar e sair”, disse Sanderson. Em meio aos atritos, o ministro de Lula disse que estava à disposição para responder as perguntas, mas não ofensas.
“Não admito ofensas a mim e injusta a pessoas que trabalharam comigo. (…) Pergunta é uma coisa, ofensa é outra. Na CCJ, em vez de perguntas, veio acusações. Não sou réu, não sou acusado. Estou na condição de convidado e estou aqui para responder perguntas”, acrescentou Flávio Dino. O ministro chegou a ser interrompido outras vezes e a ausência foi novamente interrompida por brigas e acusações: ‘Respeita o meu Maranhão’, disse um dos parlamentares. O deputado federal Junio Amaral (PL) também acusou a base governista de querer tumultuar a sessão e disse que, se seguisse as mesmas ações da esquerda, diria que Flávio Dino é “tchuchuca com as organizações criminosas e tigrão contra manifestantes de 8 de janeiro”.