Após um dia de negociações instáveis, o dólar encerrou o pregão com uma alta de 0,14%, cotado a R$ 5,6651. Essa valorização da moeda americana é atribuída a um ambiente externo desfavorável para as moedas de países emergentes, além da expectativa em torno de ações do governo relacionadas ao cenário fiscal. A possibilidade de Donald Trump retornar à presidência dos Estados Unidos e a incerteza sobre a taxa de juros do Federal Reserve também influenciaram o mercado. O índice DXY, que avalia o desempenho do dólar, subiu 0,29%, alcançando 103,561 pontos. Já o Ibovespa encerrou a quarta-feira (16) com alta de 0,54%, atingindo 131.749,72 pontos, após ensaiar a retomada dos 132 mil pontos durante a tarde. Esse foi o terceiro dia consecutivo de ganhos, uma sequência que não ocorria havia quase dois meses. O volume financeiro foi de R$ 51,7 bilhões, influenciado pelo vencimento de opções sobre o índice.
O ambiente internacional continua a ser um fator crucial que pressiona o real. Os investidores estão reavaliando suas expectativas em relação ao Federal Reserve, especialmente diante da possibilidade de um aumento no protecionismo. Embora declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o compromisso do governo com o arcabouço fiscal tenham proporcionado um alívio momentâneo, o mercado permanece cauteloso e à espera de ações concretas. A valorização do dólar em relação ao real foi menos acentuada do que a observada em outras moedas emergentes, como o peso mexicano, que registrou um aumento de 0,99%.
A situação atual reflete a complexidade do cenário econômico global e suas repercussões nas economias locais. A atenção dos investidores está voltada para as próximas medidas que o governo brasileiro poderá adotar, especialmente em relação à política fiscal, que é vista como essencial para estabilizar a moeda e atrair investimentos.
O mercado também reagiu ao relatório divulgado pela Vale, que informou ter registrado no terceiro trimestre a maior produção de minério de ferro desde o final de 2018, totalizando 90,971 milhões de toneladas. Entre as maiores altas do dia estavam Embraer (+6,74%), Azul (+3,91%) e Vamos (+3,88%). No lado negativo, as quedas ficaram por conta de LWSA (-2,25%), IRB (-1,66%) e Azzas (-1,59%).
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA