O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), proibiu o uso de equipamentos como drones, que não pertençam aos órgãos envolvidos nos salvamentos, em áreas de resgate no Rio Grande do Sul. Há dias o estado sofre com temporais e, segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), será necessário um “apoio monumental” para a reconstrução das regiões afetadas.
A medida foi anunciada neste sábado (4/5), após a detecção de sobrevoos de diversos drones. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, a atitude foi adotada para garantir a segurança das aeronaves tripuladas que operam nas missões de resgate. A Defesa Civil do Estado tem recebido notificações frequentes sobre drones civis levantados para capturar imagens das áreas alagadas.
Conforme publicado pelo site da gestão estadual, a prática, neste momento, compromete a segurança dos voos das aeronaves de socorro, o que expõe tanto as equipes de resgate quanto as pessoas em situação de risco e que aguardam salvamento.
Tragédia climática O desastre das chuvas afeta 317 cidades no Rio Grande do Sul. A tragédia deixou 55 mortos, 74 desaparecidos e 107 pessoas feridas. Há ainda cerca de 69 mil desalojados.
Diversas entidades prestam apoio no resgate e acolhimento das vítimas da tragédia. O governo federal montou uma força-tarefa para prestar assistência aos atingidos.
Ao todo, 17 ministérios, além das Forças Armadas, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), participam das ações.
O Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 540 milhões em emendas parlamentares direcionadas ao estado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltará ao RS neste domingo (5/5).