Os dois detentos que escaparam da penitenciária federal de Mossoró (RN) protagonizaram um episódio tenso na noite da última sexta-feira, 16, ao fazerem uma família refém. Os fugitivos, identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, aproveitaram o momento para se alimentar e levaram consigo ao menos dois celulares antes de fugirem novamente, cerca de quatro horas depois, levando mantimentos. Eles acessaram a internet e não levaram dinheiro das vítimas. A polícia relatou que a dupla foi vista ainda com roupas sujas e camisetas do presídio. A força-tarefa encarregada de localizá-los mantém a expectativa de capturá-los nas próximas horas, pois calcula que os presos estariam ainda dentro do perímetro de cerco de 15 quilômetros estabelecido, conforme mencionado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski na quinta-feira, 15.
As fugas, até então inéditas em presídios federais, ocorreram na madrugada da última quarta-feira, sendo que a ausência dos detentos só foi percebida na manhã desta última data, desencadeando imediatamente as operações de busca. Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, apelidado de Deisinho, ambos vinculados ao Comando Vermelho, foram os identificados como responsáveis pela evasão. Relatos de moradores de Mossoró indicaram terem avistado os fugitivos na manhã de sexta-feira, quando foram encontradas pegadas e vestimentas que possivelmente pertenciam aos foragidos.
A busca mobilizou 300 agentes e contou com três helicópteros e drones para auxiliar nas operações. Além disso, as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), envolvendo polícias federais e estaduais, foram convocadas para colaborar na localização e captura. O episódio marca a primeira crise enfrentada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que assumira a pasta apenas 13 dias antes. Esta fuga é a primeira registrada no sistema de penitenciárias federais desde a sua criação, em 2006.