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Em conversa sobre votação do PL das Saidinhas, Lira fala em reforma do sistema prisional

Em jantar com Frente Parlamentar do Empreendedorismo, presidente da Câmara também criticou maneira como fake news foram discutidas na casa, falou em revisão do código penal e prometeu pautar código da mineração ainda esse ano

Reprodução vídeo / Bruno Pinheiro

Em jantar com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), na noite desta terça-feira, 19, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou sobre o chamado PL da Saidinhas, aprovada no Senado e que deve voltar para a Câmara nesta quarta-feira, 20, antes de ser submetida à aprovação do presidente Lula. “A imprensa persegue, perguntando todo dia sobre a votação. Já foi votado, foi para o Senado, teve uma emenda, que acho até meritório, porque exclui a saída para chefes de facção e crimes violentos. E todos os projetos que foram para o Senado e retornaram para a Câmara foram pautados, por que esse seria diferente?”, comentou Lira. O repórter Bruno Pinheiro acompanhou a conversa em que o presidente da Câmara também comentou temas como inteligência artificial e segurança pública, reforçando para os membros da FPE sobre a necessidade de reforma no código prisional. “Precisamos rever a questão do sistema prisional, a gente já votou uma questão muito dura, desde 2015, na CCJ, quando votamos a maioridade penal, em que jovens são capturados pelo tráfico e onde paramos? No sistema prisional. Temos situações como progressão de pena, em que não há o temor da justiça. Se uma pessoa mata, com cinco anos está solto, se estupra uma mulher, com dois anos tá na rua. Essa progressão de pena no Brasil é fruto do sistema carcerário mal conduzido, ineficaz”, explicou.

Arhur Lira também defendeu que o projeto de lei que estabelece taxação de compras internacionais de até US$ 50 seja tratado na PL do Mover, programa lançado em 2023 pelo governo federal para incentivar o setor automobilístico. Outro assunto discutido foi a utilização de inteligência artificial. Para Lira, faltou maturidade na discussão das fake news e chamou atenção para a utilização de ferramentas como deepfake, às vésperas de eleições. “Imagine que a dois ou três dias da eleição, alguém dispara um conteúdo montado com o rosto e a fala de um candidato. Qual é o tempo de reação que o outro tem? O estrago nas eleições já estará feito”, explicou.

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