Após surgirem acusações de assédio sexual contra Leonardo Fraga Ramos, músico da Igreja Reformada em Vila Velha, o pastor Anchieta Carvalho se manifestou em uma entrevista ao canal Maranata.
Carvalho esclareceu que Leonardo nunca foi pastor ou diácono na igreja, conforme circulado em algumas notícias, mas apenas músico com função de instrumentista. Segundo o pastor, a acusação foi tratada com seriedade e de forma transparente pela liderança da igreja.
“Leonardo nunca foi pastor na nossa igreja, nunca teve função pastoral ou de liderança. Ele era apenas um instrumentista, alguém que tocava guitarra nos cultos,” afirmou Anchieta Carvalho, refutando rumores que associavam Ramos a uma posição de autoridade religiosa na congregação. “A maldade em colocar como pastor parece uma tentativa de denegrir a instituição, mas precisamos que a verdade prevaleça,” acrescentou.
O pastor detalhou que, ao receber a informação sobre o incidente, a liderança da igreja agiu rapidamente. No sábado à noite, ao saber das acusações, Anchieta convocou uma reunião com Leonardo e sua esposa para esclarecer os fatos. “Assim que soube, liguei para eles. Como líderes, nossa primeira obrigação é ouvir. E ele admitiu o erro, disse que usou o celular para tentar filmar a enteada,” relatou o pastor. De acordo com ele, Leonardo confessou a tentativa de filmagem, mas não entrou em detalhes sobre os motivos, que o pastor preferiu não comentar na entrevista.
Após a confissão, a igreja decidiu aplicar uma medida disciplinar imediata, afastando Leonardo da comunhão com a igreja. “A disciplina não é para matar a pessoa, mas para corrigir. Queremos que o membro se arrependa, se regenere e se aproxime de Cristo novamente,” explicou Anchieta.
Comunicado aos membros
No domingo, a liderança convocou todos os diáconos para discutir o ocorrido e decidiu fazer um comunicado oficial à igreja. “Assim que o culto noturno terminou, pedimos que apenas os membros permanecessem e informamos oficialmente o afastamento do Leonardo,” disse o pastor.
Ele destacou que o objetivo era garantir que todos os membros soubessem da situação de maneira clara e honesta. “Queríamos que o maior número de pessoas soubesse, pois uma igreja saudável não esconde seus problemas,” ressaltou.
O pastor explicou que a igreja também ofereceu suporte psicológico e espiritual à família das vítimas. “Temos duas meninas envolvidas, uma de 16 e outra de 18 anos. A nossa prioridade foi protegê-las, prestar apoio emocional e assegurar que se sintam acolhidas. A mãe delas, que também está sofrendo, conta com nossa ajuda para enfrentar esse momento difícil,” disse Carvalho.
Transparência
Anchieta negou qualquer tentativa de encobrir o caso e destacou a postura bíblica adotada pela igreja. “Uma igreja que tenta esconder seus erros não é uma igreja saudável. Como Jesus disse em Mateus 18, é inevitável que os escândalos venham, mas a diferença está em como a igreja lida com eles. Nossa obrigação é tratar o pecado com seriedade, não fingir que ele não existe,” afirmou o pastor.
Ele criticou a divulgação de informações falsas sobre o caso e disse que a igreja tomará medidas legais contra quem publicou notícias errôneas. “Nossa responsabilidade é defender a verdade. Vamos buscar justiça contra qualquer um que tenha divulgado inverdades, pois isso coloca a igreja, as vítimas e suas famílias em uma situação ainda mais delicada,” enfatizou.
Ao encerrar a entrevista, o pastor Anchieta Carvalho refletiu sobre o papel da igreja em situações difíceis e citou as palavras do apóstolo Paulo: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.” Ele pediu orações pela recuperação emocional da família e pela resolução justa do caso. “Que a verdade prevaleça, pois o evangelho exige de nós transparência e compaixão. Estamos unidos para enfrentar essa situação com respeito e compromisso com os valores bíblicos.”
Anchieta concluiu ressaltando que a disciplina e a transparência fortalecem a igreja. “Uma igreja saudável trata seus membros com respeito e não encobre erros. A disciplina é um chamado ao arrependimento, não um castigo. Estamos aqui para restaurar vidas, mas também para proteger e amparar aqueles que foram feridos,” finalizou.
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