Nesta terça-feira (31), durante evento do lançamento do livro “Querido Lula: Cartas a um Presidente na Prisão”, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que o PSDB chegou ao fim. “Um senador do PFL disse uma vez que era preciso acabar com a ‘desgraça do PT’, o Jorge Bornhuasen. O PFL acabou. Agora, quem acabou foi o PSDB. O PT continua forte, continua crescendo e conseguiu construir a maior frente de esquerda já feita nesse País”, afirmou Lula.
O PSDB reagiu à fala nesta quarta. Nas redes sociais, o PSDB disse que o pré-candidato à Presidência deveria estar mais preocupado em “responder à população por que a gestão do PT quase acabou com o Brasil”.
O PSDB ainda afirmou que Lula “segue na hipocrisia procurando líderes tucanos”. O vice na chapa do petista é o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que deixou a legenda tucana em dezembro de 2021, após 33 anos filiado. Lula e Alckmin, historicamente, foram grandes adversários nas disputas presidenciais brasileiras e representavam forças políticas antagônicas.
O partido ainda defendeu na publicação que o País foi “salvo da destruição” com a aprovação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, o PSDB foi uma das legendas a favor do processo de destituição da petista.
O PSDB vive hoje o momento mais delicado de sua história após um histórico de ter um presidente da República por dois mandatos consecutivos – Fernando Henrique Cardoso – e ter terminado em segundo lugar em quatro eleições (2002, 2006, 2010 e 2014). Pela primeira vez, a legenda não deve ter candidatura presidencial própria, após o ex-governador de São Paulo João Doria deixar a disputa.