Em seu terceiro mandato, o presidente Lula tem acumulado uma série de falas polêmicas, com repercussões negativas. Nesta semana, o destaque foram as afirmações do presidente em relação ao senador Sérgio Moro.
Na última, Lula insinuou que o ataque que estava sendo planejado contra o político poderia ser uma armação. Antes, o presidente havia relembrado do período em que esteve preso e disse que costumava falar para procuradores que iam visitá-lo que iria “foder esse Moro”.
Relembre as frases polêmicas:
23 de março
Plano do PCC descrito pela Polícia Federal para atacar o ex-juiz da Operação Lava Jato:
“Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso, vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro”, disse o presidente.
21 de março
Operação Lava Jato orquestrada em conjunto com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos:
“Tenho consciência de que a Lava Jato fazia parte de uma mancomunação entre o Ministério Público brasileiro, a Polícia Federal brasileira e a Justiça americana, o Departamento de Justiça”, afirmou, em entrevista ao portal Brasil 247.
Palavrão:
Presidente lembrou que dizia, quando estava preso, que “só vai estar tudo bem quando eu foder esse Moro”.
15 de março
Obesidade do minsitro da Justiça, Flávio Dino:
“Aqui ninguém está com excesso de magreza, a não ser o nosso poeta. O restante está tudo com um pouco de obesidade, que também é uma doença que nós precisamos cuidar. A nossa médica que é ministra da Saúde sabe perfeitamente bem que a obesidade causa tanto mal quanto à fome. E por isso que o Flávio Dino está andando de bicicleta, porque ele sabe que isso vai precisar que o Estado cuide com muito carinho desse mal”, disse.
13 de março
Escravidão e miscigenação:
“Resolveram contar a história que os índios eram preguiçosos e, portanto, era preciso trazer o povo negro da África para produzir nesse país. Ora, toda a desgraça que isso causou ao país causou uma coisa boa, que foi a mistura, a miscigenação. Da mistura entre indígenas, negros e europeu, permitiu que nascesse essa gente bonita aqui”, pontuou.
Durante a campanha, o então candidato também fez declarações polêmicas.
23 de setembro 2022
Associou “capiau” do interior a uma pessoa ignorante:
“É uma estupidez de alguém que é um pouco ignorante, é o que ele é mesmo, um pouco ignorante. Aquele jeitão bruto dele, de capiau lá do interior de São Paulo, aquele capiau de Registro [no Vale do Ribeira], bem duro assim, bem ignorante”, disse.
20 de agosto de 2022
Sobre violência contra as mulheres:
“Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil, porque nós não podemos aceitar mais isso.”
17 de junho 2022
Apoio a sequestradores de Abílio Diniz. Ele relembrou quando intercedeu junto ao presidente Fernando Henrique Cardoso para que eles fossem extraditados.
“Depois de uma longa conversa com o Renan, ele disse: ‘Lula, vai conversar com o Fernando Henrique Cardoso que eu tenho toda disposição para mandar soltar o pessoal’. Fui ao Fernando Henrique Cardoso: ‘Fernando, você tem a chance de passar para a história como um democrata ou como um presidente que permitiu que dez jovens que cometeram um erro morram na cadeia’”, relatou.
30 de abril de 2022
Insinuou que policiais não merecem compaixão, ao fazer uma crítica a Bolsonaro.
“Hoje temos um presidente que não derramou uma lágrima pelas vítimas da Covid ou com a catástrofe que houve em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ele não tem sentimento. Ele não gosta de gente, ele gosta de policial. Ele não gosta de livros, ele gosta de armas”, disse.