Pesquisadores do Karolinska Institutet, maior centro de pesquisa médica em Estocolmo, Suécia, investigaram como os biomarcadores plasmáticos emergentes se relacionam com os testes de diagnóstico usados na prática clínica e se os dados de coortes de pesquisa se aplicam ao mundo real.
O estudo, publicado na eBioMedicine, examina biomarcadores de sangue promissores para a doença de Alzheimer (DA), que estão mostrando alta precisão em pesquisas, mas cujas associações com a patologia ainda não estão completamente claras.
Detalhes do estudo
- Com a recente recomendação da EMA para um medicamento que retarda a progressão do Alzheimer, a necessidade de testes para identificar estágios iniciais da doença, antes de danos irreversíveis, é maior.
- Na doença, proteínas tau alteradas se acumulam no cérebro, danificando as células nervosas.
- O estudo analisou dados de pacientes com queixas de memória, associando biomarcadores plasmáticos com testes diagnósticos padrão e estágios biológicos da doença.
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Os resultados mostraram que biomarcadores plasmáticos (exceto o NfL) estavam ligados ao acúmulo de amiloide no cérebro, especialmente o pTau217, que foi identificado como um marcador duplo de patologias amiloide e tau.
“Essas descobertas estão em linha com outras pesquisas recentes sobre esse tópico e se somam ao corpo emergente de evidências de que o plasma pTau217 é um marcador duplo de patologia amiloide e tau”, diz a Dra. Marina Bluma, pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade e primeira autora do estudo.
“Ao contrário desses biomarcadores, os níveis aumentados de NfL foram mais indicativos de atrofia cerebral e idade avançada”, concluiu a cientista.
No entanto, outros biomarcadores não explicaram completamente a variação observada nos pacientes. Este estudo fornece percepções sobre a aplicabilidade dos biomarcadores emergentes no diagnóstico clínico, com potencial para melhorar a detecção precoce e o tratamento da doença de Alzheimer.
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