O ex-goleiro Bruno Fernandes pediu, na Justiça, a realização de um que seja realizado exame de DNA para confirmar se ele é pai de Bruninho, filho dele com Eliza Samudio. Bruno foi condenado pelo homicídio dela e, atualmente, responde pelo crime em liberdade condicional.
Segundo o g1, o pedido faz parte de um recurso de apelação contra a indenização de mais de R$ 650 mil que Bruno foi condenado a pagar a Bruninho por danos morais e materiais.
O advogado de Bruno, Wilton Edgar Acosta, descreve a “confirmação” da paternidade como “uma questão fundamental”.
“Precisa esclarecer se essa criança é realmente filha dele. Na época, a mãe disse que era dele a criança. Ele nunca pôde finalizar isso, ou seja, constatar realmente se o menino é filho dele ou não. Parece, pode até parecer, isso é muito relativo, a semelhança física”, afirma o advogado.
O advogado explica que a atribuição da paternidade a Bruno se deu por meio de uma decisão judicial.
“A defesa da criança buscou alternativas e juntou essas manifestações, essas declarações dadas pelo Bruno em juízo no processo criminal, e nele o Bruno declarou que o menino era filho, mas isso baseado em informações que a Eliza passou a ele, foi isso que ele disse em depoimento. Mas enfim, o juiz concedeu, reconheceu a paternidade dessa maneira”, relata Acosta.
Defesa da família de Eliza rebate
Sônia Moura, mãe de Eliza e guardiã legal de Bruninho, considera o pedido para a realização do exame de DNA no processo de indenização “um equívoco muito grande”.
“Eles realmente entraram com recurso de apelação, já estou apresentando a contrarrazão desse recurso. Tem um equívoco muito grande, porque essa ação discute indenização, não se discute DNA”, comenta a advogada Maria Lúcia Gomes ao g1.
Segundo a advogada, a solicitação não tem ligação com o processo indenizatório.
“Uma coisa nada a ver com a outra. Eles recorreram de um recurso de uma sentença de indenização por danos morais e materiais, porque ele é o responsável, ele foi condenado por esta morte [de Eliza Samudio]. A pessoa, quando ela é autora de um dano a outra, independente se ele é pai ou não, ele tem que indenizar esse dano”, explica Gomes.
A defesa da família de Bruninho ainda relata que a questão do DNA já foi tratada judicialmente.
“Eles já entraram com três pedidos, e os três pedidos já foram arquivados, porque não tem precedente, porque já discutiu. A primeira ação que eles entraram de investigação de paternidade, a primeira ação foi remetida, foi colhido material dessa criança quando esse menino estava com oito, nove meses de idade”, conta a advogada.