InícioEditorialEsportesFederação proíbe mulheres trans em provas mundiais de atletismo

Federação proíbe mulheres trans em provas mundiais de atletismo

Os atletas transgêneros não poderão mais disputar competições femininas no atletismo. A decisão foi comunicada em coletiva por Sebastian Coe, presidente da World Athetics, nesta quinta-feira (23). De acordo com o dirigente, a medida visa proteger as mulheres da modalidade e segue exemplo da natação. O dirigente ainda definiu que atletas russos e belarussos seguem fora de suas competições.

“Essa medida foi guiada pelo princípio de proteger a categoria feminina”, afirmou Sebastian Coe, admitindo que a World Athetics pode repensar a decisão no futuro. “Não vamos dizer que a decisão é para sempre”.

O Conselho Mundial de Atletismo revelou que a proibição dos atletas transgêneros de competições internacionais passa a valer no dia 31 de março. A natação havia adotado tal medida em 2022. Atualmente não há nenhum desses atletas competindo em alto nível na elite da pista.

A proibição de atletas que fizeram a transição de homem para mulher já havia afetado a sul-africana Caster Semenya, bicampeã olímpica nos 800 metros, impedida de disputar competições desde 2019. Pelo conjunto de atualizações da World Athetics, 13 atletas serão afetados atualmente, de acordo com Sebastian Coe.

E novamente afetará Semenya. Ele e mais alguns atletas conseguiram competir em eventos fora da faixa restrita de 400 metros a uma milha, mas agora terão de passar por um tratamento de supressão hormonal por seis meses antes de competir para serem elegíveis.

A sul-africana vem tentando competir em eventos mais longos – terminou em 13º em sua bateria de qualificação nos 5.000 metros em campeonatos mundiais no ano passado. Para competir na Olimpíada de Paris, teria de passar pelo tratamento, que ela já disse que nunca mais fará.

Russos
Faltando somente 18 meses para os Jogos Olímpicos de Paris, Sebastian Coe anunciou que a World Athletics manterá a suspensão de atletas da Rússia e de Belarus em suas competições por causa da invasão à Ucrânia.

“Atletas, dirigentes e pessoal de apoio da Rússia e de Belarus ainda estão excluídos das competições no futuro próximo devido à invasão da Ucrânia pela Rússia”, disse Sebastian Coe.

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