Apesar da ameaça de chuva, a manhã de domingo foi repleta de diversão para a criançada que foi ao Passeio Público, acompanhar o Festival das Crianças Bahia, Edição Especial de São João (@festivaldascriancasbahia). A enfermeira Silvana Duarte, 41, aproveitou o sábado e o domingo para proporcionar aos filhos de quatro e sete anos lazer ao ar livre. “Estamos adorando o espaço. Estamos aqui conversando e meu mais velho está daquele lado brincando, dificilmente, isso aconteceria se estivéssemos em outro lugar. Aqui me sinto segura e eles também”, comentou.
Silvana fez questão de ressaltar que existe muito lazer de qualidade e barato em Salvador, mas que nem sempre eles são acessados por um comportamento acomodado de preferir shopping centers e não valorizar os programas mais culturais. “Uma amiga marroquina que me falou sobre o evento e estamos adorando. Às vezes se vai ao shopping, gasta uma fortuna com uma diversão frívola quando aqui eles estão ao ar livre, é gratuito e com muita qualidade”, ponderou.
A servidora pública Daniela Freitas também comemorou a possibilidade de apresentar à pequena Helena, de quatro anos, o local onde ela se apresentou tantas vezes na infância. “Fazia anos que não vinha até o Passeio Público e quase não reconheci o Teatro Vila Velha, onde participei de tantas apresentações de dança”, contou. Para ela, além de matar as saudades, o evento possibilitou que a filha tivesse lazer ao ar livre. “Ela já encontrou um amiguinho da escola, então a diversão fica muito melhor”, comemorou.
Foto: Ana Albuquerque/CORREIO |
Quem também aproveitou para matar saudades do espaço foi o antropólogo Lucas Barbosa, que levou o filho Malik, de sete anos, para uma manhã de domingo diferente. “É uma pena que o espaço esteja um tanto abandonado, não é? Porque é lindo, tem valor histórico, é aberto e gratuito”, afirmou Lucas, que disse já ter ensaiado e participados de inúmeras oficinas no espaço.
Para Lucas, faltam opções de lazer como essa, distribuídas em outras localidades da cidade. “Embora seja um ponto central, acredito que eventos como esse em bairros periféricos, por exemplo, também promoveriam um lazer especial para as famílias baianas que não têm carro ou que não podem gastar com o deslocamento”, defendeu.
De acordo com a idealizadora do Festival Lara Kertész, a proposta é justamente oferecer entretenimento às famílias em locais especiais da cidade. “Desde ontem, estou ouvindo pais que ficaram maravilhados em poder oferecer aos filhos, gratuitamente, a oportunidade de conhecer o Mundo Bita e visitar esse espaço que é tão lindo e tão pouco visitado”, completou Lara.
Para ela, essa diversão aberta e pública é particularmente interessante num momento após os tempos de distanciamento social, provocados pela pandemia, e quando as dificuldades econômicas inviabilizam o lazer de muitas famílias. A edição junina do Festival conseguiu reunir uma média de 3 mil pessoas por dia no local.
Na sua 3ª edição, o Festival das Crianças levou atrações como o Mundo Bita, que se apresentou pela primeira vez de forma gratuita em Salvador, além de Stripulia, Tio Paulinho e Canela Fina, barraquinhas de comidas e bebidas típicas. Nesse domingo, a banda Colher de Pau encerrou o evento, que já teve uma edição anterior realizada no local e no Stiep.