Nada de reviravolta e o Flamengo é o primeiro finalista do Campeonato Carioca. Depois de perder as duas últimas decisões para o Fluminense, o time rubro-negro se vingou ao eliminar o arquirrival neste sábado (16/3), no Maracanã. Beneficiado pelo triunfo por 2 a 0 do jogo de ida, os comandados de Tite souberam administrar a vantagem e, com a igualdade por 0 a 0, agora aguardam Vasco ou Nova Iguaçu, que se enfrentam neste domingo.
Pelo sexto ano seguido o Flamengo estará na decisão. Diferentemente das semifinais, contudo, o dono da melhor campanha não terá vantagem na decisão. Seja quem for o adversário, em caso de dois empates ou resultados iguais nas finais, o título sairá nos pênaltis. O rubro-negro, entretanto, chega bastante motivado ao completar 11 jogos sem sofrer um gol, consequentemente, invicto, e tentará erguer o troféu após o tricampeonato entre 2019 e 2021 – perdeu nas finais de 2022 e 23 para o Fluminense.
Precisando de uma vitória por três gols de diferença, o Fluminense entrou em campo sem duas de suas estrelas: o meia Ganso e o atacante Cano, machucados. Renato Augusto e John Kennedy foram os escolhidos. E com novidades na lateral-direita e na defesa. Marquinhos ganhou a concorrência com Guga pela posição de Samuel Xavier e Martinelli entrou na defesa substituindo Felipe Melo.
Já Tite tinha todos os melhores jogadores à disposição no Flamengo e manteve a base que vem se destacando na competição. Pedro continuou no comando de ataque, com Gabigol mais uma vez na reserva, assim como Bruno Henrique.
Com a necessidade de acabar com o jejum de 10 jogos sem sofrer gols, o Fluminense começou mais ofensivo, buscando abrir o marcador cedo. Esbarrava, contudo, na boa marcação rubro-negra e ainda permitia o contragolpe. Fábio precisou realizar grandes defesas.
A polêmica do primeiro tempo veio aos 31 minutos. O Fluminense estava no ataque e acabou perdendo a bola. Rossi lançou Arrascaeta em velocidade. O uruguaio cruzou de três dedos e Pedro fez o gol. Após enorme reclamação e consulta ao VAR, o lance acabou impugnado e se tornou falta quase na entrada da área ofensiva aos tricolores. Marcelo bateu raspando.
O jogo se arrastou até o intervalo com muita reclamação de ambos os lados e todos indignados com as decisões da arbitragem. DE bola, o equilíbrio prevaleceu, com ambos criando e desperdiçando chances para sair em vantagem.
Mesmo sem ter aberto o placar, Diniz gostou do Fluminense e manteve os 11 escalados. Já Tite trocou Luiz Araújo por Bruno Henrique para ter mais força ofensiva. E a primeira chegada rubro-negra veio em arranque do camisa 27 que acabou sem finalização. A resposta veio de imediato com Renato Augusto carimbando o travessão.
A etapa mais aberta e empolgante era regida pelas arquibancadas com gritos de “vai pra cima deles, Mengo” de um lado e “vamos virar, Nense do outro”, em prova que a confiança era grande nas duas torcidas.
Com o Fluminense cada vez mais na frente no desespero de abrir o placar, o Flamengo teve o contragolpe e caprichasse mais, somaria um novo triunfo. John Kennedy até teve boa chance de quebrar o jejum de 12 clássicos sem ganhar do time tricolor, mas foi travado por Varella. O rival rubro-negro administrou o tempo e a bola e comemorou a classificação.