Recuperada de uma cirurgia no tornozelo, Flávia Saraiva superou Rebeca Andrade na trave, neste domingo (22), e faturou a medalha de ouro no Troféu Brasil de ginástica. A medalhista olímpica nos Jogos de Tóquio, no ano passado, ficou com a prata, enquanto Thais Fidelis faturou o bronze.
A disputa entre Flávia e Rebeca foi muito apertada: 14,433 a 14,333. Jade Barbosa chegou a entrar na disputa por pódio, mas acabou sofrendo duas quedas. Ficou sem medalha. Thais Fidelis completou o pódio com 12,567 em seu retorno às competições – ela rompeu o tendão de Aquiles no início da pandemia.
“Eu estava me sentindo muito bem. Estava bem concentrada e me preparei bastante para competir na trave. Foi muito bom estar de volta depois da cirurgia e poder representar uma série muito boa”, disse Flávia Saraiva, que reclamou um pouco do frio no Rio Grande do Sul durante as competições. “Atrapalhou um pouquinho, mas aos poucos a gente vai se adaptando, se aquecendo mais.”
Rebeca Andrade, que levou a medalha de ouro nas paralelas no sábado, ressaltou que a trave não é o seu melhor aparelho, mas que está cada vez mais conseguindo ter o controle sobre ele. “Fiz uma saída nova que nunca tinha feito e fiquei bem feliz com o resultado, com as minhas duas medalhas. Cheguei aqui para fazer e consegui”, disse a atleta olímpica.
Maior destaque individual do Brasil na Olimpíada de Tóquio, Rebeca não competiu em Porto Alegre nas provas onde se destacou na capital japonesa. Lá ela foi campeã no salto e prata no individual geral. No Troféu Brasil, ela se poupou na primeira prova – não há individual geral na competição brasileira.
Masculino
Campeão mundial na barra fixa em 2019, Arthur Nory voltou a brilhar no aparelho neste domingo. Ele levou o ouro no Troféu Brasil com 14,433. No salto, Caio Souza subiu no lugar mais alto do pódio, com a nota média de 14,800 – Nory levou o bronze, com 14,100. Caio repetiu a dose nas barras paralelas, com 14,500, superando novamente Diogo Soares (14,367) e Nory (13,600).