A Copa do Nordeste é mais uma vez do Fortaleza. Na noite deste domingo (3) o Leão do Pici venceu o Sport por 1×0 e conquistou sua segunda taça regional, a primeira sob o comando do argentino Juan Pablo Vojvoda. O gol do título saiu dos pés de Yago Pikachu, ainda no primeiro tempo, de pênalti.
Após um empate em 1×1 em Recife, bastava uma vitória simples para um dos lados ser campeão. Assim como na partida de ida, o jogo no Castelão também teve alternância no controle da partida, mas com o apoio dos mais de 50 mil torcedores no estádio, o Fortaleza pressionou mais o Sport e foi mais perigoso nas investidas ao ataque.
O gol saiu só no fim do primeiro tempo em jogada do atacante Moisés, eleito o craque da final. O camisa 21 recebeu a bola pelo lado esquerdo e driblou o zagueiro Rafael Thyere, que deixou o pé e derrubou o atleta do tricolor. Yago Pikachu bateu, deslocou Mailson e abriu o placar no Castelão.
Antes disso, o Fortaleza chegou na meta adversária com chutes de Lucas Lima para fora e Hércules, que parou nas mãos do goleiro do Sport. O rubro-negro respondeu com o atacante chileno Parraguez, também para fora.
Mas a final não ficou marcada apenas pelas chances de gol das duas equipes. O VAR entrou em ação algumas vezes durante a partida e foi motivo de muitas polêmicas e reclamações dos dois lados. Primeiro com Renato Kayser, que pediu pênalti após Sabino levantar muito a perna em disputa com o atacante. Para o árbitro baiano Marielson Alves da Silva, nada a marcar.
Essa também foi a interpretação dele num lance a favor do Sport, quando Parraguez dividiu a bola com Benevenuto e pediu penalidade. Nada feito. Apenas no segundo tempo Marielson apitou a marca da cal a favor dos pernambucanos. Mas o VAR convidou o árbitro a checar o lance e ele retirou a marcação após entender que a dividida entre Benevenuto – mais uma vez – e Sander teria sido fora da área.
Daí em diante o jogo entrou em ritmo acelerado dos dois lados. A chuva apertou na capital cearense e ficou cada vez mais difícil trabalhar a bola no gramado.
Ainda deu tempo de uma expulsão para Robson do Fortaleza, por uma cotovelada em Rafael Thyere, e houve uma queda de energia no fim do segundo tempo. Foram mais de 10 minutos de acréscimo antes da torcida do Fortaleza poder soltar o grito de “é campeão” e o time levantar a orelhuda da Lampions pela segunda vez em sua história. A primeira foi em 2019, sob o comando de Rogério Ceni.
No caminho até a final, o Fortaleza eliminou o Atlético de Alagoinhas nas quartas e o Náutico nas semifinais. Na primeira fase, teve a melhor campanha geral e por isso pôde definir a final jogando em casa. Foram 16 pontos conquistados, com quatro vitórias e quatro empates. O título veio de forma invicta.
Esse também foi o segundo título conquistado por Vojvoda no Fortaleza. Além desse Nordestão e do cearense de 2021, ele levou o time pela primeira vez para a Libertadores. A estreia do Leão na fase grupos acontece na próxima semana, em casa, contra o Colo-Colo do Chile.