Uma garota de programa assumiu a identidade de um coronel da reserva da Força Aérea Brasileira, que foi assassinado. Ela “viveu” como o militar durante quatro meses, conversando com a família e amigos para que ninguém desse falta do coronel, identificado como Roberto Perdiza.
As últimas imagens do militar vivo foram captadas em agosto de 2022, em Natal. Jerusa conheceu Roberto há três anos, quando trabalhava em uma casa noturna e passou a morar com a vítima. O zelador do prédio onde Perdiza morava, chegou a ligar para a irmã da vítima alegando que não o via há alguns dias, mas a familiar disse que ainda estava trocando mensagens com o irmão.
Um amigo e advogado da família, Milton Moreira, chegou a sentir falta do militar, entrou em contato com Jerusa, mas a companheira afirmou que estavam “bem” e que pediria para o coronel entrar em contato. No entanto, a ligação nunca ocorreu.
A reportagem, feita pelo Fantástico, da Globo, ainda mostrou que a garota de programa, meses depois, começou a mudar o tom da conversa com os familiares, chegando a contar que Roberto estava morando no Rio de Janeiro. A polícia, então, descobriu que Jerusa sacava todo o dinheiro da conta do coronel enquanto ele estava morto, além de ter tentado vender o apartamento da vítima.
Alguns meses depois, a polícia localizou um corpo sem a cabeça e as mãos, impossibilitado de ser identificado. Jerusa, no dia do falecimento do coronel, foi para um motel com ele com um carro que, aparentemente, era dirigido por um matador de aluguel ao invés de ser um carro de aplicativo.
O coronel foi morto com um tiro e o corpo deixado em um terreno. A “viúva” foi presa em dezembro, e o comparsa no mês seguinte. Os dois vão responder por latrocínio e podem pegar 30 anos de prisão.