A atuação brilhante de Yassine Bounou na partida contra a Espanha, nesta terça-feira (6), garantiu a classificação do Marrocos para as quartas de final da Copa do Mundo do Catar.
O goleiro não só fez boas defesas durante o tempo normal, como também pegou três pênaltis e não deixou os espanhóis balançarem as redes nas penalidades.
No entanto, o que muita gente não sabe é que Bounou nasceu no Canadá e que seu time do coração na infância era o River Plate.
Marrocos aguarda a partida entre Portugal e Suíça, que acontece nesta terça, às 16h (de Brasília), para saber que irá enfrentar nas quartas de final da Copa.
Apesar de ter nascido em Montreal, no Canadá, Bounou se mudou aos oito anos para o Marrocos.
Ele começou nas categorias de base do Wydad Casablanca, chegando ao profissional em 2010. Depois de atuar em apenas oito partidas em dois anos, foi transferido para o Atlético de Madri B, em 2012, e sege no futebol espanhol desde então.
Na equipe B do time madrilenho ficou até 2016, mas foi emprestado para o Zaragoza entre 2014 e 2016. Após isso, passou a defender o Girona Futbal Club, uma equipe catalã.
Em 2019, o goleiro foi emprestado para o Sevilla e teve sua contratação efetivada no ano seguinte. Bounou segue defendendo a equipe Rojiblanca, o que o faz conhecer muito bem os jogadores da seleção espanhola.
Carlos Soler e Sergio Busquets, que tiveram seus pênaltis defendidos pelo goleiro marroquino na tarde desta terça, são seus velhos conhecidos no Campeonato Espanhol. Soler, que se transferiu recentemente para o PSG, defendia o Valencia e Busquets veste a camisa do Barcelona.
Em março de 2021, ele balançou as redes no empate por 1 a 1 contra o Real Valladolid, já nos acréscimos do segundo tempo. Bounou aproveitou uma confusão na área adversária, e chutou para o fundo das redes no jogo válido pelo Campeonato Espanhol.
Ele recebeu cartão amarelo logo depois de marcar por ter tirado a camisa na comemoração.
O goleiro disse em uma entrevista à emissora argentina ‘TyC Sports’ que era torcedor do River Plate e que colocou o nome do seu cachorro de Ariel em homenagem ao ex-meia Ariel Ortega, grande ídolo do clube.
“Meu cachorro se chama Ariel. Eu adorava Ortega. Esses tipos de jogadores de futebol estão desaparecendo. Ele era um dos meus jogadores favoritos e batizei o cachorro”, disse ao veículo.
Na partida da fase de grupos contra a Bélgica, o goleiro protagonizou uma situação inusitada. Bounou entrou com sua equipe, ficou perfilado e cantou o hino nacional do Marrocos, mas foi substituído antes mesmo de a partida começar.
Após a situação repercutir bastante, o treinador da seleção afirmou que o goleiro sentiu que não estava em plenas condições físicas depois do aquecimento e pediu para não jogar.
“Ele levou uma pancada contra a Croácia, estava instável. Tentamos até o último momento, mas, depois do aquecimento e pouco antes da partida, ele não se sentiu bem e teve a honestidade de ceder o lugar a outra pessoa. Se um jogador quer estar na minha equipa, tem que estar 100%. Ele compreendeu isso e cedeu o lugar ao Munir, que fez um grande jogo”, disse Regragui.