InícioEditorialPolítica NacionalGoverno insistirá em trocar dívida das UF's por educação, diz Tesouro

Governo insistirá em trocar dívida das UF’s por educação, diz Tesouro

Secretário diz que alguns Estados querem usar os recursos dos débitos de forma livre; falou em “diálogo” entre as partes

“Nós insistimos, o nosso posicionamento e de que a educação ainda é a prioridade”, disse Ceron (foto) Mateus Mello/Poder360 – 1º.fev.2024

Gabriel Benevides 29.abr.2024 (segunda-feira) – 14h41

O governo insistirá na proposta de trocar a renegociação das dívidas dos Estados por investimentos em educação nas unidades da Federação. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta 2ª feira (29.abr.2024) que alguns dos entes querem usar os recursos do programa para gastar de forma livre. 

“Isso é um diálogo. Faz parte desse processo de construção. Nós insistimos, o nosso posicionamento e de que a educação ainda é a prioridade”, declarou o secretário a jornalistas. 

O governo federal propôs a cobrança de juros menores aos Estados que tiverem mais investimento no ensino médio técnico. As taxas dizem respeito especificamente às dívidas dos entes com a União. As alíquotas ainda não estão definidas (leia mais abaixo no subtítulo “entenda“). 

A proposta, chamada de “Juros por Educação”, foi apresentada a governadores do Sul e Sudeste em março. 

De acordo com Ceron, não é possível somente garantir que haja algo em troca: “É importante sim que esse processo de renegociação seja feito de uma forma que possibilite a recuperação fiscal dos entes. E que a economia de fluxo seja direcionada para um objetivo nobre que ajuda, inclusive, aquele Estado”. 

Ele falou que ainda há espaço para diálogo com as UFs, mas que a proposta “continua a mesma”. 

ENTENDA A proposta é aberta para todos os Estados da Federação. O saldo devedor dos entes é de R$ 740 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda. Desse montante, 89% é do Sul e do Sudeste, o que representa R$ 660 bilhões.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou como funcionaria o programa em reunião com governadores dos Estados do Sul e Sudeste em março. Estavam presentes:

São Paulo – Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador; Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL), governador; Minas Gerais – Romeu Zema (Novo), governador; Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB), governador; Santa Catarina – Marilisa Boehm (PL), vice-governadora; Paraná – Ratinho Junior (PSD), governador; Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB), governador. Os Estados têm até o fim de maio para avaliar se aceitam o que o governo propôs.

Os governadores do Sul e Sudeste têm mantido conversas com a Fazenda para renegociar suas dívidas desde 2023.

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