Uma nota técnica elaborada pela Casa Civil do governo Lula listou quase 2 mil municípios brasileiros que estariam suscetíveis à ocorrência de deslizamentos, enxurradas e inundações.
O documento foi feito pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil em 2023 como parte dos estudos para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A nota aponta que exatas 1.942 cidades brasileiras estariam susctíveis a desastres ocasionados por chuvas e, por isso, deveriam ser “priorizadas nas ações da União em gestão de riscos e desastres naturais”.
Dentre as cidades apontadas pelo estudo, estão 142 municípios do Rio Grande do Sul. Entre eles, cidades que estão no epicentro das inundações que atingiram o estado nos últimos dias, como Eldorado do Sul e a capital Porto Alegre.
O estado com mais cidades vulneráveis, segundo o estudo, porém, é Minas Gerais, com 283 municípios em estado crítico. Na sequência, aparecem Santa Catarina (207 cidades), São Paulo (172), Rio Grande do Sul e Bahia (137).
“Diante dos desastres ocorridos que causaram tantas perdas humanas, desabrigados e desalojados, além de incontáveis danos materiais e de degradação ao meio ambiente, é fundamental promover ações governamentais coordenadas voltadas à gestão de riscos e prevenção de desastres”, diz o estudo.
Critérios Elaborado ainda com auxílio de outros ministérios, como Integração e Desenvolvimento Regional; Cidades; Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia; o estudo atualizou uma lista de 2012 das cidades sob risco.
Naquele ano, foram listados 821 municípios sob risco. Para entrar na lista, a cidade teve de registrar óbito, ter mais de 900 desalojados e ter mais de 10 registros de desastres entre os anos de 1991 e 2022.
Outro critério para entrar na lista da Casa Civil é a cidade apresentar alta vulnerabilidade a inundações, segundo o “Atlas de Vulnerabilidade a Inundações da ANA” (2014).
Veja lista de cidades sob risco: