Na abertura da sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta quinta-feira (14), a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia comentou sobre a explosão na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta (13) e voltou a reforçar o discurso em defesa da democracia e instituições brasileiras.
“Às vésperas da comemoração da Proclamação da República, o Brasil foi dormir preocupado com os acontecimentos que tiveram lugar, especialmente, na Praça dos Três Poderes e nas imediações do Supremo Tribunal Federal. Um ato grave de tentativa de uma pessoa acercar-se daquele lugar como foi amplamente divulgado”, afirmou. “Nós, cidadãs e cidadãos brasileiros, acordamos ocupados em manter as nossas funções para garantia de continuidade estável, segura e contínua das instituições democráticas”, sinalizou.
Cármen Lúcia seguiu dizendo que compete aos servidores públicos do Poder Judiciário – Constitucional e Eleitoral – dar continuidade às suas funções para “a preservação da necessária democracia brasileira, que não se abala diante de qualquer ato que possa eventualmente atentar ou buscar atentar contra pessoas e instituições, ou funções democráticas”.
A presidente do TSE reforçou que a missão dos servidores é continuar exercendo as suas atividades “para que brasileiras e brasileiros continuem a ir dormir sem preocupação, no sentido que algum vírus que adoeça pessoas, instituições até ou qualquer forma de atuação não comprometa, não contamine a saúde democrática das instituições no Brasil, da sociedade brasileira. Nesse sentido é que nós damos continuidade aos nossos trabalhos com a mesma tranquilidade, destemor e principalmente comprometimento com a democracia brasileira”.
“Graves acontecimentos não comprometem o que é muito mais sério e de nossa responsabilidade, que é de trabalhar para que a democracia brasileira se sustente como vem se sustentando sem qualquer tipo de adversação que possa de alguma forma abalar a sua estrutura e dinâmica”, cravou.
Por fim, a ministra assegurou que o episódio terá a investigação, procedimentos e aperfeiçoamentos necessários, mas em nada irá alterar o dia a dia que “é prestar a jurisdição na forma em que Constituição e as leis estabelecem”.