O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou na manhã desta terça-feira, 27, que “há esperança” sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como mostrou o site da Jovem Pan, a Corte Eleitoral retoma nesta terça o julgamento que pode tornar o ex-mandatário inelegível por oito anos. Na última quinta-feira, 22, o TSE iniciou a análise da ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) por conta dos questionamentos feitos por Bolsonaro sobre o processo eleitoral, durante uma reunião com embaixadores, em julho de 2022. A sessão teve início com a leitura do relatório de 43 páginas do relator, o ministro corregedor-geral eleitoral Benedito Gonçalves. Na sequência, o advogado do PDT, Walber de Moura Abra, teve quinze minutos para sustentação oral, momento em que defendeu a ação e falou em “provas robustas”. Representando Bolsonaro e o general Walter Souza Braga Netto, também alvo da ação, o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, ex-ministro do TSE, fez sustentação oral e comparou o atual julgamento com o caso da chapa Dilma-Temer, em referência à ação que apurou, em 2017, se a chapa cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014. “Fico satisfeito de ver os fatos novos que foram entrando no processo conforme ele foi caminhando. Esse foi o mesmo rito de julgamento da chapa Dilma-Temer em 2017. O que o presidente Bolsonaro diz é que se for seguir o mesmo rito e não for considerado esses fatos que vão sendo inseridos no percorrer, o processo acaba ficando apenas com o objeto da reunião dos embaixadores. E isso é muito fraco para conseguir condenar o presidente Jair Bolsonaro. Há esperança, mas mais uma vez sabemos que não estamos vivendo tempos com segurança jurídica no Brasil”, comentou Eduardo Bolsonaro durante entrevista ao Jornal da Manhã 2ª Edição, da Jovem Pan News. “Estamos vivendo tempos estranhos. Se nós não estivéssemos em tempos estranhos, facilmente essa ação do PDT não prosperaria em tentar tornar Jair Bolsonaro inelegível. Inclusive, isso não é bom para a democracia. O presidente não tem motivo para se tornar inelegível. Agora, não sei como a missão foi dada. Dependendo da missão dada, é missão cumprida para alguns ministros do TSE”, acrescentou o deputado federal.