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Haddad diz que Brasil quer exportar energia limpa e industrialização da economia verde

Em evento na Bolsa de Valores de Nova York, ministro da Fazenda também falou sobre agenda no Congresso Nacional e projetou aprovação de reforma tributária no Senado até o final de outubro

Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Declaração de Haddad foi dada nesta segunda-feira, 18, após evento em Nova York

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a jornalistas após evento na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), nesta segunda-feira, 18, que o Brasil não precisa se “resignar” a ser apenas exportador de energia limpa. Na avaliação do ministro, o país pode se industrializar com base na economia verde. “Nós estamos começando a discutir a industrialização do brasil a partir dessa matriz entendemos que não precisamos nos resignar a condição de exportadores de energia limpa, que é o que o mundo gostaria que nós fizéssemos. Nós entendemos que boa parte dessa energia limpa tem que ser consumida no Brasil para manufaturar produtos verdes. Esse é o nosso objetivo último, modernizar a economia brasileira nos valendo das nossas vantagens competitivas”, disse.

Haddad ainda falou sobre a agenda do governo no Congresso e mostrou confiança sobre a possibilidade de a reforma tributária ser votada no Senado até o final de outubro. Ele citou ainda uma série de outras medidas econômicas que tramitam no poder Legislativo, como a discussão sobre crédito de carbono pelos senadores, o projeto de lei (PL) do “combustível do futuro”, o de emissão de títulos verdes, na Câmara dos Deputados, e, ainda, o projeto de taxação de offshores (empresas e fundos de brasileiros no exterior). A cobrança de contribuição dos recursos investidos no exterior é uma medida polêmica, mas segundo Haddad, houve uma “mudança de clima” conforme as conversas foram avançando. “Nós estamos com o presidente da Câmara, [com o] presidente do Senado e o presidente da República em um evento de projeção da imagem do Brasil no mundo. Tem que aproveitar esse momento de harmonização dos Poderes para fazer a agenda avançar. Quanto mais cedo colhermos os frutos dessa agenda, mais facilmente a economia brasileira vai decolar para patamares de crescimento compatíveis com nosso potencial”, afirmou.

Haddad ainda citou a queda do desmatamento no Brasil, em 48% nos oito primeiros meses do ano. O ministro afirmou que as delegações estrangeiras ficaram impressionadas com a celeridade do resultado obtido pelo país. “O desmatamento caiu 48% e estamos muito felizes com esse resultado antes mesmo da reestruturação dos órgãos que foram quase destruídos no período anterior. Mas mesmo assim, com um pouco de reforço que recebemos conseguimos apresentar para o mundo um resultado muito significativo. Está todo mundo de queixo caído com esse resultado, pessoas imaginavam que ele viria em dois, três anos, e veio em questão de meses, demonstrando que quando o

Brasil está focado naquilo que são seus objetivos primordiais, ele alcança e chama atenção do mundo”, concluiu.

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