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Imazon: desmatamento na Amazônia tem queda de 54% entre janeiro a maio

O desmatamento na Amazônia teve uma queda de 54% nos primeiros cinco meses de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. Os dados foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) nesta quarta-feira (21/6).

Apesar da redução nos índices de destruição, 2023 teve a quarta maior área desmatada nos últimos 16 anos, atrás apenas de 2022, 2021 e 2020. Nos cinco primeiros meses do ano, a Amazônia perdeu 1.542 km² de mata nativa, o equivalente ao território da cidade de São Paulo.

Somente no mês de maio, o desmatamento no bioma teve uma queda significativa de 77%, passou de 1.476 km² em maio de 2022 para 339 km² no mesmo mês deste ano.

“Para intensificar ainda mais o combate ao desmatamento, é necessário que os órgãos ambientais sigam sendo fortalecidos, para que consigam ter capacidade suficiente para impedir a continuidade de atividades como o garimpo ilegal, a invasão de áreas protegidas e a grilagem de terras. E, também, realizar a destinação para a conservação de terras públicas ainda sem uso definido, que estão mais vulneráveis ao desmatamento”, afirma Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

Desmatamento acumulado de janeiro a maio – SAD Imazon

Desmatamento nos primeiros cinco meses Imazon

série história de desmatamento SAD Imazon

Série histórica de desmatamento na Amazônia Imazon

desmatamento amazonia madeira ilegal

Desmatamento na Amazônia Getty Images

floresta-amazonica-amazonia

Floresta Amazônica Getty Images

Líder no desmatamento Ainda segundo os novos dados do Imazon, nos cinco meses deste ano, 78% do desmatamento na Amazônia ocorreu em Mato Grosso, Amazonas e Pará. Juntos, os três estados derrubaram 1.211 km² de floresta.

Os dados mostram a necessidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concentrar operações de fiscalização e monitoramento nessas regiões para conter o avanço da derrubada de reserva nativa.

O desmatamento no Mato Grosso está concentrado principalmente nos municípios de Colniza, Aripuanã e Apiacás. No Amazonas, a devastação aconteceu principalmente na divisa com Acre e Rondônia, área chamada de Amacro.

“Há uma forte pressão pela expansão agropecuária nessa região, o que tem feito com que ela seja a maior responsável pelo Amazonas estar entre os três estados que mais desmatam”, explica Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Em alta, o desmatamento em Roraima registrou aumento de 62%, com a derrubada de 110 km² de reserva nativa contra nos primeiros cinco meses deste ano contra 68 km² destruídos no mesmo período do ano passado.

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