Depois de fechar dois meses com deflação, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) subiu 0,02% em setembro e, assim, acumulou alta de 5,13% nos últimos 12 meses.
Os dados, referentes às quatro semanas do mês avaliado, foram divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas. E mostram que duas das oito classes de despesas componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, sendo que a maior contribuição para o resultado veio do grupo Transportes, com a diminuição do ritmo de queda nos preços dos combustíveis. A outra influência, teve como base o grupo Habitação, por causa de reajustes na tarifa de eletricidade residencial.
Na avaliação do economista e coordenador do IPC-S, Paulo Pichetti, apesar da taxa pequena registrada no fechamento do mês de setembro, a variação positiva já sinaliza que os principais fatores que influenciaram a deflação nos meses anteriores já não estão fazendo efeito sobre o índice, e não devem continuar nos próximos meses. Como exemplo, ele citou os combustíveis e outros itens que foram beneficiados por isenções fiscais.
Para Pichetti, os desafios de controle da inflação continuam, apesar do alívio dos últimos meses. Ele acredita que está começando uma nova fase de elevação no IPC-S e que é preciso acompanhar de perto para entender o que é tendência e o que já se aponta para o próximo ano.
O índice é usado para observar tendências de inflação, com base no preço médio necessário para comprar um conjunto de bens de consumo e serviços no país.
Economia Rio de Janeiro 03/10/2022 – 11:28 Vitoria Elizabeth/Edgard Matsuki Cristiane Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional Inflação IPC-S segunda-feira, 3 Outubro, 2022 – 11:28 2:33