A floresta amazônica registrou, em dezembro do ano passado, o terceiro pior recorde de desmatamento para o mês, com 218,41 km² devastadas, desde a série histórica iniciada em 2015. Os dados são do Deter, sistema de monitoramento do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (6/1).
No acumulado do ano, a Amazônia Legal registrou 10.267 km² desmatados, a pior marca da série histórica anual do Deter.
Entre janeiro e dezembro de 2021, o Brasil registrou 10.362 km² de área desmatada, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Segundo o instituto, os maiores números de dezembro mapeados são de 2017, com 287,51 km², seguido por 287,51 km², e de 2015, de área desmatada dentro do bioma amazônico.
“Os alertas de destruição da Amazônia bateram recordes históricos nos últimos meses, deixando para o governo Lula uma espécie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os números de 2023. O governo Bolsonaro acabou, mas sua herança ambiental nefasta ainda será sentida por um bom tempo”, destaca Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.
Em comparação com dezembro de 2021, quando a área desmatada atingiu o 87 km 2, o último mês do ano passado registrou um aumento de 150%.