A gêmea siamesa de Itamaraju Júlia Neves, de cinco meses, não resistiu à recuperação da cirurgia de separação realizada no dia 13 de janeiro, no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiás. Segundo a unidade, a menina morreu em decorrência de insuficiência cardíaca na última sexta-feira, 12 de fevereiro, às 18 horas. A família só autorizou a divulgação da morte nesta segunda, 15.
Dias após a cirurgia, Júlia apresentou piora no estado de saúde e passou a respirar com a ajuda de aparelhos. A irmã, Fernanda, também chegou ao estágio gravíssimo, mas conseguiu se recuperar e passou a respirar com o auxílio de oxigênio inalatório.
Desde o dia 3 de fevereiro Fernanda respira de forma espontânea. Ela recebeu alta na manhã de hoje às 9h30. Ela seguiu juntamente com a mãe Lindalva Nascimento de Jesus para a Casa do Interior da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), localizada no setor Oeste.
O pai das meninas, Valdenir Neves, já está na Bahia cuidando dos trâmites legais para o sepultamento de Júlia. Não há informações sobre data ou horário para o sepultamento da criança.
Julia e Fernanda eram unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando o fígado e uma membrana do coração. Segundo os médicos, a cirurgia de separação correu bem, sem nenhuma intercorrência, em tempo recorde.
As bebês chegaram em Goiânia em agosto de 2015, acompanhadas pelos pais. Desde então, passaram a ser monitoradas de perto por uma equipe multiprofissional do HMI, liderada pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Durante esse período, os pais e as crianças ficaram hospedadas na Casa do Interior de Goiás.
Por | O correio