A Justiça de São Paulo condenou o empresário José João Abdalla Filho a pagar uma indenização de R$ 600 mil à família de uma das vítimas do acidente envolvendo o jatinho que caiu durante o pouso na pista do resort Kiaroa Eco-Luxury Resort, na praia de Barra Grande, distrito de Maraú, na região sul da Bahia, em 2019.
O bilionário era dono da aeronave, que não teria autorização e qualificação legal para realizar transporte aéreo público de passageiros.
Na decisão publicada na terça-feira (5), a juíza Elaine Faria Evaristo, da 20ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, condenou o empresário ao pagamento de reparação por danos morais a Lívia Mara Chiaradia Rocha e Antônio Sérgio Alcoba Rocha, pais do ex-piloto de Stock Car Tuka Rocha – morto no acidente.
“No processo contra Abdalla Filho há farta prova documental, inclusive com comprovantes de transferência de valores, que não deixam dúvidas de que o avião, mesmo sem autorização, realizava fretamentos clandestinos”, diz o advogado Nelson Wilians.
Além do piloto Tuka Rocha, morreram no acidente outras quatro pessoas: Maysa Marques Mussi, Marcela Brandão Elias, o filho dela de 6 anos, Eduardo Brandão Elias, e o copiloto da aeronave, Fernando Oliveira Silva.
Entre os sobreviventes estão Eduardo Mussi, marido de Maysa e irmão do deputado Guilherme Mussi, Marcelo Constantino Alves, neto do fundador da Gol, a namorada dele, Marie Cavelan, Eduardo Trajano Elias, marido de Marcela e pai do garoto Eduardo, e o piloto Aires Napoleão.
Acidente
O acidente aéreo ocorreu no dia 14 de novembro de 2019. A aeronave que transportava 10 pessoas saiu de Jundiaí, São Paulo, com destino à cidade baiana de Maraú. Os passageiros do jatinho estavam indo para um resort.
O avião caiu durante o pouso na pista do resort Kiaroa Eco-Luxury Resort, na praia de Barra Grande.
De acordo com o laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o acidente pode ter sido provocado por uma falha na aterrisagem.