O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liberdade provisória, nesta sexta-feira, 16, ao estudante do curso de quiropraxia preso em flagrante por filmar alunas no banheiro da Universidade Anhembi Morumbi, na Mooca, zona leste da capital paulista. O caso ocorreu nesta quinta-feira, 15. A decisão foi tomada após audiência de custódia. Segundo o TJ, o investigado terá que cumprir algumas medidas cautelares, como: comparecimento bimestral em juízo para informar e justificar suas atividades; obrigação de manter o endereço atualizado na vara competente, informando imediatamente uma eventual alteração; proibição de ausentar-se do endereço residencial por mais de oito dias sem prévia comunicação ao juízo; proibição de frequentar o banheiro “Para Todos” da Universidade Anhembi Morumbi, caso a instituição lhe permita continuar a frequentar o curso; proibição de manter qualquer tipo de contato com as vítimas, por qualquer meio de comunicação e mesmo por intermédio de terceiros, sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão; e o recolhimento de fiança arbitrada em dois salários mínimos.
O caso
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), ele foi preso em flagrante por importunação sexual, após as vítimas informarem os policiais que foram filmados pelo rapaz, de 20 anos, enquanto usavam o banheiro. O caso ocorreu dentro de um banheiro unissex da unidade, localizado no sexto andar. Uma estudante relatou que percebeu quando alguém a filmava por baixo da divisória. De acordo com a pasta, foi possível identificar imagens no celular do investigado e o aparelho foi apreendido. O jovem foi levado para o 8º DP, onde permaneceu preso. Em contato com a Jovem Pan, a defesa do investigado informou que aguarda a conclusão da perícia a ser realizada no aparelho de celular, bem como as demais questões processuais. A reportagem não conseguiu localizar a defesa das vítimas. O espaço segue aberto.
Anhembi Morumbi
A Universidade Anhembi Morumbi lamentou o episódio e diz que repudia esse tipo de ocorrência. “Como instituição de ensino, atuamos na promoção da formação crítica, cidadã e consciente da comunidade acadêmica, formando não apenas profissionais, mas indivíduos em sua integralidade e, por esse motivo, repudiamos toda e qualquer conduta contrária às normas legais e da própria Instituição”. A instituição diz estar adotando as providências cabíveis, internamente e junto às autoridades, e afirmou que seguirá atuando para a solução do caso, inclusive “para contribuir com a apuração dos fatos”. Na sequência, a instituição se solidarizou com a vítima e informou que tem prestado a assistência necessária “para que ela possa se restabelecer o mais rápido possível, retomando integralmente as atividades acadêmicas”. “A instituição reafirma seu comprometimento em acompanhar o caso e seus desdobramentos”, finalizou.