Karol Conká abriu o coração e relembrou os ataques racistas que sofre desde a infância. A cantora contou que precisou amadurecer após a passagem pelo BBB21, de onde saiu cancelada nas redes sociais, para conseguir lidar melhor com os julgamentos da sociedade.
“A primeira comunicação violenta foi colégio. Coisa que me machuca. A professora fala: ‘Senta todo mundo e você também, sua macaca’. Eu tinha 8 anos e ouvi isso de uma professora”, disse.
Conká continuou: “Minha mãe foi ao colégio e lembro de ter contado o que ela havia feito e na minha frente ela [a professora] falava: ‘Ela está mentindo’. Olhava para a professora e me perguntava: ‘Por que ela está mentindo?’”.
A famosa explicou que as ofensas continuaram fora dos portões do colégio e seguiram durante anos da sua vida, inclusive, dentro de casa. Karol revelou ter sido vítima do genitor, que era alcóolatra:
“Depois foi com vizinhos que falavam coisas racistas; e depois no relacionamento falavam para mim: ‘Mulher minha não faz tal coisa!’. Também sofri comunicação violenta do meu pai, ele tinha problema com álcool e quando estava em crise de abstinência ou sob efeito do álcool ele falava coisas na minha casa que eram muito violentas. Fui aprendendo a ser mais ácida”, detalhou.
Karol Conká pontuou que, por conta de tudo que sofreu, criou uma casca e passou a ser reativa:
“Com 14 anos parei de ser boazinha, quando perdi meu pai, o tal do herói. Ele que me protegia no colégio dessa comunicação violenta. Descobri que se tivesse uma comunicação mais violenta de quem estava me atacando, eu conseguia vencer. Eu também vou saber te machucar. Por isso, essa brincadeira da língua de chicote [apelido que recebeu]”, concluiu para o Sábia Ignorância, do GNT.