Ex-presidente do PL Mulher da Bahia e suplente de deputada estadual pelo partido, Kátia Bacelar defendeu, nesta quarta-feira (27), em conversa com o Bahia Notícias, que também seja aberto um processo disciplinar pelo partido contra a deputada federal Roberta Roma e o presidente da legenda em Salvador, João Neto. Kátia é irmã do deputado federal Jonga Bacelar, alvo de um processo interno para deixar o PL.
O fundamento seria o mesmo das acusações de infidelidade partidária incluídas em um processo de cassação de mandato contra Jonga e os deputados estaduais Vitor Azevedo, Raimundinho da JR e Diego Castro. Os três primeiros são alvo da ação por integrarem as bases dos governos federal e estadual, e o último por ter ficado contra o partido nas eleições municipais em Barreiras.
A ação foi movida pelo presidente do PL de Itabuna, Comandante Rangel, e acolhida pelo comandante do partido no Estado, João Roma. “O que nos parece é haver uma perseguição contra membros do partido, porque a mesma régua não é utilizada para todos. São dois pesos e duas medidas”, afirmou Kátia.
Eleição de 2022 | Foto: Redes Sociais
“A deputada federal Roberta Roma fez campanha este ano em municípios do interior com material casado com as principais lideranças do PT e da base governista na Bahia. O presidente do PL em Salvador também. E a conduta de nenhum dos dois é questionada”, acrescentou.
Apoio em 2024 | Foto: Redes Sociais
O site teve acesso a materiais de campanha do candidato do PT a prefeito do município de Coronel João Sá, Carlinhos Sobral, que venceu a disputa, no qual Roberta Roma figura ao lado do governador, do presidente Lula, do senador Otto Alencar (PSD) e do deputado estadual Alex da Piatã. Há, ainda, “santinhos” da campanha de 2022 em que a parlamentar, esposa de João Roma, aparece “casada” com toda a chapa petista, incluindo Lula e Jerônimo. Já o presidente do PL em Salvador, João Lages, aliado de João Roma, teria apoiado a candidata do PT em Ourolândia, Yhonara Rocha.
“Nunca esses deputados (alvo de processos de expulsão) tiveram a conduta questionada. Desde o início de 2023, eles dialogam com os governos federal e estadual em busca de avanços para a população baiana, que espera deles resultados concretos. Nunca, em nenhum momento, isso foi questionado pela direção estadual. Pelo contrário: houve um aval para isso”, ressaltou Kátia.