O Instituto de Medicina Legal (IML) entregou nesta quinta-feira (15/9) o laudo definitivo sobre a morte de Emily Fabrini de Araújo, morta aos 14 anos no Distrito Federal. Os peritos concluíram que a jovem foi morta por asfixia “físico-química”, sofreu esganadura, e teve as vias aéreas obstruídas com barro até a traqueia. Segundo as investigações, o próprio assassino, Vandir Correia Silva, 21, entupiu o nariz da garota com terra.
Peritos já haviam informado, em análise preliminar, sobre a presença do barro e a asfixia. Além dessas agressões, a garota levou um soco no nariz, sofreu queimaduras, além de inúmeras outras lesões. Emily não chegou a ser estuprada.
A garota lutou pela própria vida, pois foi constatado lesões de defesa nos braços e mãos dela. Segundo o delegado-chefe da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), Mauro Aguiar, o relatório, feito em tempo recorde, “confirmou toda a análise da investigação”.
O crime Emily foi encontrada morta em uma área dentro da Floresta Nacional, próximo a Taguatinga, no último sábado (10/9). A mãe da adolescente foi avisada ainda durante a madrugada que a menina teria saído para se encontrar com Vandir, irmão de uma vizinha.
Na manhã do dia seguinte, após não encontrar a filha, a mulher procurou a polícia e registrou ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). Enquanto efetuava o registro, foi informada por um agente que um homem tinha acabado de confessar o assassinato de uma adolescente cujo endereço era o mesmo de Emily.
Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Vandir disse que, enquanto supostamente mantinha relações sexuais com a jovem, sofreu um apagão. Quando acordou, a garota estava morta ao lado dele, momento em que teria se desesperado e escondido o corpo da vítima.
Prisão preventiva Vandir chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado em seguida, após audiência de custódia. Todavia, o homem voltou a ser detido, dessa vez, preventivamente, na quarta-feira (14/9).
Quando foi solto na audiência, a juíza escreveu que nem o Ministério Público nem a polícia pediram pela prisão preventiva de Vandir, de modo que a legislação “não permite a decretação de prisão preventiva de ofício pelo juiz e impõe a concessão de liberdade provisória”.
No entanto, na quarta-feira, a polícia apresentou novas provas ao Ministério Público, que pediu à Justiça que o investigado voltasse à cadeia, o que foi feito. Emilly foi enterrada na segunda-feira (12/9).
Veja como foi o velório de Emily:
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