Senador Jaques Wagner disse ainda que teve ‘naturalidade’ em dizer ao presidente Lula que não compactuava com o paralelo traçado
José Cruz/Agência Brasil
Wagner é ex-governador da Bahia e ex-ministro de Estado, além de amigo pessoal de Lula
Líder do governo no Senado Federal, o senador Jaques Wagner (PT-BA) disse ter achado indevida a comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre a morte de palestinos na Faixa de Gaza e o extermínio de judeus durante o Holocausto. Em discurso no plenário da Casa Alta, o político disse que a comparação “fere sentimentos”. “Não se traz à baila o episódio do Holocausto para nenhuma comparação, porque fere sentimentos, inclusive meus, de famílias perdidos naquele episódio”, relatou o senador, que tem ascendentes judeus. A fala de Jaques Wagner faz referência as declarações do mandatário brasileiro feitas em Abis Abeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula na ocasião.
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Wagner é ex-governador da Bahia e ex-ministro de Estado. Além de já ter ocupado postos estratégicos nas gestões petistas, como a secretaria de Relações Institucionais e a chefia da Casa Civil, é amigo pessoal de Lula. Ele afirmou que, em visita ao presidente, “teve naturalidade” em dizer que concordava com o repúdio à incursão de Israel em Gaza, mas não compactuava com o paralelo traçado. Como o site da Jovem Pan mostrou, Israel declarou Lula como ‘persona non grata’ após a comparação. “Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”, escreveu Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, nas redes sociais.
*Com informações de Estadão Conteúdo