Uma das maiores qualidades da Pixar é conseguir mesclar a carga dramática de seus filmes – meio piegas, às vezes, é verdade – com uma ótima dose de aventura e diversão. É isso que faz este estúdio conquistar, quase sempre, crianças, adultos e boa parte crítica.
E era isso que se esperava com o aguardado Lightyear, que estreia hoje. Mas, infelizmente, o filme não entrega diversão e, muito menos, drama. É verdade que, talvez, a decepção aconteça porque havia uma grande expectativa em torno da história, que revela a origem do “verdadeiro” Buzz Lightyear. Lembre-se que o Buzz que conhecemos até aqui é um boneco. Esse brinquedo é baseado em um filme que Andy, seu dono, assistiu quando criança e que ele adora. E é esse “filme”, chamado Lightyear, que vamos assistir no cinema.
O herói que dá nome ao filme é um patrulheiro espacial que, depois de cometer um erro, provoca um acidente e obriga seus colegas a viverem em um planeta hostil. Agora, ele quer reverter a bobagem que fez e salvar os amigos, levando-os de volta à Terra. Para isso, ele faz uma série de viagens espaciais voando na velocidade da luz. Assim, enquanto viaja por alguns minutos no espaço, o tempo passa em outro ritmo para seus amigos, que envelhecem muito mais que Buzz.
O problema é que a trama acaba ficando meio confusa ou “séria” demais quando se compara com o espírito da saga Toy Story. Basicamente, Lightyear é um filme de viagens espaciais, com muita velocidade, perseguições e barulho, o que não foge nem um pouco da receita dos filmes que temos visto ultimamente.
Em cartaz no UCI dos shoppings Barra, Bahia e Paralela; Metha Glauber Rocha; Cinépolis Bela Vista e Salvador Norte; Cinemark Salvados Shopping