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Luan Santana, Jorge & Mateus e outros grandes nomes do sertanejo gravam músicas de compositor de Itamaraju

Bruno Caliman se tornou um dos nomes mais importantes do sertanejo, escondido atrás de hinos gravados por Luan Santana, Jorge e Mateus e outros. Agora ele quer aparecer, mas em outro gênero.

“Meus ídolos são do rock. Minha essência é Raul [Seixas], Renato Russo, Cazuza. Vivi bem os anos 80”, diz ao G1 o compositor baiano.
Ele se prepara para se lançar como cantor em um álbum do gênero.

Caliman foi o autor que mais faturou com músicas tocadas nas rádios brasileiras no último trimestre de 2017 (dado mais atualizado do Ecad). Discreto, ele quase não chama atenção para si nas redes sociais e pouco aparece na imprensa.

Por isso, cabe aqui uma breve apresentação de seu currículo: “Te esperando” e “Escreve aí” (Luan Santana), “Domingo de manhã” e “Romântico anônimo” (Marcos e Belutti), “Camaro amarelo” (Munhoz e Mariano), “Destino” (Lucas Lucco) e “Contrato” (Jorge e Mateus) são algumas de suas composições.4

O compositor de 41 anos já se aventurou longe do sertanejo. Escreveu, por exemplo, “Amuleto” para Tiê, “Pensando bem” para Luiza Possi e “Se vira” para Sophia Abrahão.

‘Rock não tem que se policiar’
Como roqueiro, é do time que milita contra a obsessão pelo politicamente correto. Diz que pensar muito nisso é “o começo do fim do autor”. “O rock não tem que se policiar”, avalia.

“As pessoas hoje têm medo de falar que são loucas. O rock precisa dessa provocação.”
No novo trabalho, quer falar de “problemas do país” e do amor na perspectiva do “comportamento de quem ama, e não do beijo e do toque”, como nas músicas sertanejas.

Sua ideia, explica, é resgatar um tipo de rock mais escancarado, que ele avalia ter se perdido ao longo do tempo. “Antes sabíamos dos sentimentos de grandes artistas, da melancolia do Renato Russo, do exagero do Cazuza. Hoje não sabemos mais. Os artistas se preservam muito”.

“Todo mundo quer ser empacotadinho no discurso. Isso prejudicou o rock.”

Nascido em Itamaraju, na Bahia, Caliman começou compondo para uma banda na escola. Anos depois, passou a criar jingles publicitários até conseguir emplacar “Locutor”. Na música, tenta mandar um recado à amada através de um apresentador de rádio. Ela fez sucesso na voz de Léo Magalhães.

Hoje influente entre os amigos do sertanejo, o compositor diz não ter a intenção de abandonar seus locutores famosos, mas quer começar a mandar os recados na própria voz.

Fonte | G1

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