O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve dar o pontapé inicial na participação na pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo só no inicio do ano que vem. Os dois estiveram juntos na quarta-feira, 25, no Palácio do Planalto, em Brasília, para acertar a agenda conjunta. Segundo interlocutores, a expectativa é que a partir de 2024 eles façam aparições lado a lado em encontros com eleitores e também em inaugurações e eventos que tenham relação com investimentos e ações do governo federal na capital paulista. Nas ultimas semanas, Boulos passou a aparecer em agendas ao lado de ministros de Lula em São Paulo.
A estratégia é aproximá-lo de figuras lidas como mais resistentes ao pré-candidato, como empresários. Ele já apareceu e foi citado por nomes como o do chefe da Casa Civil, Rui Costa; Camilo Santana, da Educação, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Boulos também foi convidado por Lula a integrar a comitiva presidencial a Nova York para a abertura da Assembleia Geral da ONU. Além de Lula, há, ainda, a intenção de que o ministro da Fazendo, Fernando Haddad, também seja visto ao lado de Boulos. A mulher dele, Ana Estela Haddad – que atualmente é secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde – tem sido citada como possível nome para vice na chapa do atual deputado. A decisão sobre ela também deve ficar para o ano que vem.
A leitura é que Lula e Haddad podem ajudar Boulos a angariar votos, uma vez que venceram o pleito para Presidente da Republica e governador do Estado na cidade no ano passado. Até lá, Guilherme Boulos segue percorrendo a capital paulista em uma espécie de caravana iniciada em setembro. Neste sábado, 28, o deputado federal estará em Sapopemba, na Zona Leste, para ouvir a população. O bairro foi palco, na última segunda-feira, de um ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, terminando na morte de uma aluna.
SEM CANDIDATO
Em agosto, o PT oficializou o apoio à candidatura de Boulos para o ano que vem. É a primeira vez que o partido não lança um nome próprio para a disputa em São Paulo. O apoio é fruto de um acordo costurado entre a sigla e o PSOL nas eleições de 2022.