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Lula no exterior trouxe investimentos ao país, diz Planalto

Nota da Secretaria de Comunicação da Presidência cita bilhões de dólares já anunciados, mas quase nada com cronograma fixo e definido

A Secom (Secretaria de Comunicação Social) emitiu uma nota nesta 2ª feira (18.mar.2024) depois que o Poder360 publicou 3 reportagens sobre os custos das viagens internacionais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. Dados obtidos a partir de pedidos de Lei de Acesso e de consultas no Portal da Transparência mostram que o petista gastou R$ 65,9 milhões em 62 dias no exterior em 2023.

No comunicado à mídia, o Planalto diz que “as viagens realizadas pelo presidente Lula já resultaram em diversos acordos bilaterais e atração de investimentos para o país, muitos deles fartamente documentados pela imprensa, como a atração de mais de R$ 117 bilhões de montadoras estrangeiras no país”.

Esse valor e outros foram divulgados a propósito de anúncios de investimentos de montadoras no Brasil, mas há pouco detalhamento sobre quando exatamente as cifras serão aportadas no país.

Além disso, a nota do governo Lula cita outros resultados das viagens internacionais do presidente, sempre mencionando “anúncios”, mas quase nada com cronograma fixo e definido sobre quando os investimentos serão realizados:

acordos com a China – a “previsão” é que rendam investimentos de até R$ 50 bilhões; atos assinados com Emirados Árabes – R$ 12,5 bilhões, “especialmente na área de energia verde”; visita à Arábia Saudita – “resultou em anúncio de investimentos de até R$ 50 bilhões do Fundo Soberano do país em projetos de desenvolvimento sustentável no Brasil”; empresas portuguesas EDP e Galp – “anunciaram investimentos de R$ 32 bilhões”; Japão – “anunciou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no setor de saúde brasileiro”; as doações ao Fundo Amazônia – “atingiram recorde de US$ 726 milhões. Outros R$ 3,1 bilhões devem ser doados ao longo de 2024 por EUA, Noruega, Reino Unido, União Europeia e Dinamarca”. O texto também fala em “ao menos 57 acordos bilaterais de diversos níveis” fechados com os países. Teriam sido:

7 com a Argentina; 15 com a China; 4 com os Emirados Árabes Unidos; 13 com Portugal; 4 com a Espanha; 2 com o Japão; 7 com Angola; 2 com São Tomé e Príncipe; 3 com Cuba; 19 com a Alemanha; 2 com Egito. O Planalto disse que as “viagens presidenciais são um importante instrumento para o fortalecimento de relações entre países e para a promoção de negócios”.

Leia as 3 reportagens publicadas pelo Poder360:

Lula gastou R$ 65,9 mi em 62 dias de viagens ao exterior em 2023 Hospedagens de Lula e equipe em 2023 custaram R$ 27,8 mi Giro internacional de Lula foi R$ 27 mi mais caro que o de Bolsonaro Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, com grifos do Poder360:

“Prezados,

“Tendo em conta o grande interesse demonstrado pelo Poder360 no tema das viagens presidenciais ao exterior – particularmente na manhã de hoje, em que foram veiculadas diversas matérias sobre os custos dessas viagens – cabe sugerir que as matérias em questão sejam complementadas com os resultados dessas viagens, tanto do ponto de vista financeiro como político, de modo a oferecer aos leitores do Poder360 uma visão completa sobre o tema, resultando em informação de maior qualidade.

“Desde o início de seu terceiro mandato, o presidente Lula já visitou 30 países, cumprindo extensa agenda com líderes internacionais entre visitas oficiais, reuniões bilaterais e cúpulas multilaterais.

“Viagens presidenciais são um importante instrumento para o fortalecimento de relações entre países e para a promoção de negócios. O Brasil, após hiato de 4 anos como pária internacional, voltou a ser convidado para os principais eventos globais e a ser recebido pelas principais lideranças do mundo. Além disso, em reconhecimento à importância do país e de suas atuais lideranças, líderes globais também voltaram a visitar o país. Esse ano já visitou o país o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, e ainda no 1º semestre estão previstas as visitas do presidente francês [Emmanuel Macron] e o primeiro-ministro japonês [Fumio Kishida], todos acompanhados de delegações de empresários. Na presidência do G20, o Brasil receberá ainda este ano líderes e representantes das 20 economias mais robustas do globo.

“As viagens realizadas pelo presidente Lula já resultaram em diversos acordos bilaterais e atração de investimentos para o país, muitos deles fartamente documentados pela imprensa, como a atração de mais de US$ 117 bilhões de montadoras estrangeiras no país. Estes investimentos são fruto do trabalho constante de promoção do Brasil realizado pelo governo brasileiro, que tem colocado o país na vanguarda da transição energética, um dos temas mais relevantes da atualidade.

“Na viagem à China, além dos 15 acordos entre os dois governos, outros 42 acordos foram assinados entre empresas brasileiras e chinesas e entre empresas chinesas e o governo brasileiro.

“A previsão é que os acordos com a China rendam investimentos de até R$ 50 bilhões, e outros R$ 12,5 bilhões dos atos assinados com os Emirados Árabes, especialmente na área de energia verde. Além disso, a visita à Arábia Saudita resultou em anúncio de investimentos de até R$ 50 bilhões do Fundo Soberano do país em projetos de desenvolvimento sustentável no Brasil, inclusive no âmbito do PAC, até 2030. Também as empresas portuguesas EDP e Galp anunciaram investimentos de R$ 32 bilhões. Por fim, o Japão anunciou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no setor de saúde brasileiro.

“Por meio das viagens empreendidas até o momento, o Brasil fechou até agora ao menos 57 acordos bilaterais de diversos níveis: 7 com a Argentina, 15 com a China, 4 com os Emirados Árabes Unidos, 13 com Portugal, 4 com a Espanha, 2 com o Japão, 7 com Angola, 2 com São Tomé e Príncipe, 3 com Cuba, 19 com a Alemanha e 2 com Egito. Alguns desses acordos têm impacto direto na vida dos cidadãos, como a isenção de vistos para visitantes brasileiros ao Japão, a facilitação do reconhecimento de diplomas entre Brasil e Portugal, além de diversos outros. Outros quatro acordos foram fechados com o Vietnã, na visita do primeiro-ministro do país ao Brasil em setembro, após um primeiro encontro entre os dois no Japão, em maio, durante a cúpula ampliada do G7.

“As viagens presidenciais ajudaram também na abertura de 96 novos mercados para produtos brasileiros. Exemplo disso é a recente habilitação de 38 frigoríficos para exportar à China, a maior de uma só vez, totalizando 146, o que sozinho pode representar um aumento de 10 bilhões de dólares na exportação de proteína animal para o país asiático. A atual gestão, ao contrário da anterior, não antagoniza a China, o principal parceiro econômico do Brasil. O presidente da China, Xi Jinping, será recebido no Brasil em visita de Estado no 2º semestre.

“Importante, ainda, destacar que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as doações ao Fundo Amazônia, retomadas após paralisia de quatro anos no governo anterior, atingiram recorde de US$ 726 milhões. Outros R$ 3,1 bilhões devem ser doados ao longo de 2024 por EUA, Noruega, Reino Unido, União Europeia e Dinamarca.”

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