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‘Lula pensa que ainda está administrando o país em 2002’, critica senador Ciro Nogueira

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o parlamentar de oposição ao governo apontou os problemas da articulação política do Palácio do Planalto no Congresso Nacional

Reprodução/Jovem Pan News

Senador Ciro Nogueira (PP) analisou a articulação política do governo em entrevista ao Jornal da Manhã

O plenário do Senado Federal chancelou a decisão da Câmara dos Deputados e aprovou nesta quinta-feira, 1º, a Medida Provisória 1154/2023, mais conhecida como MP dos Ministérios. Sob a relatoria do senador Jaques Wagner (PT-BA) na Casa, o texto dispõe sobre a organização das pastas que compõem o governo Lula 3. Apesar do governo ter comemorado a aprovação, pastas como a do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas foram desidratadas durante a tramitação e foi necessária a liberação de R$ 1,7 bilhões em emendas, o que gerou ainda mais críticas à articulação política do governo. Para o senador Ciro Nogueira, entrevistado do Jornal da Manhã desta sexta-feira, 2, o presidente Lula (PT) tem responsabilidade nestes erros: “Temos um Lula completamente ultrapassado. Um Lula que pensa que ainda está administrando o nosso país em 2002, e nós estamos em 2023. Essa é a grande diferença. Parece até que as pessoas que estão governando o país estavam em cavernas”.

“Não se aprimoraram, não tiveram um crescimento político, não tiveram um aprimoramento sobre como está a democracia e como está a sociedade nos dias de hoje. Na prática, hoje o governo só tem 140 a 150 deputados, porque não foi capaz de atrair uma base política para ser sócios de poder, sócios no sucesso. As pessoas tem vergonha de dizer que são apoiadores desse atual governo. Isso afasta a base política no Congresso Nacional”, argumentou. Para o parlamentar, os modelos de negociação petistas já estão ultrapassados: “Antigamente, e isso aconteceu até com o meu partido, se entregavam os ministérios de porteira fechada e assim se entregavam os votos (…) Hoje não, hoje quando o deputado aperta o botão para votar no Congresso Nacional, no momento seguinte chovem críticas ou elogios. Essa é a cobrança. Não adianta as pessoas aqui em Brasília receberem cargos, como acontecia no passado, se o eleitorado não concorda com o que ele defende no Congresso Nacional. Essa é a grande diferença”.

Nogueira acredita que o governo ‘até agora não disse a que veio’ e criticou a provação da nova estrutura ministerial, com 37 pastas: “Um governo completamente desorganizado, um presidente que passa mais tempo viajando e até criando uma imagem muito negativa do país, um governo que não tem norte, não tem caminho e tem frustrado a população. Veio agora com essa MP que infelizmente foi aprovada, uma MP que só faz inchar a máquina pública enquanto o mundo inteiro está indo em outro caminho. Todos os grandes países e democracias do mundo não têm nada nem parecido com essa quantidade de ministério. Para se ter uma ideia, o Brasil tem mais ministérios do que o Japão e os Estados Unidos juntos. Olha que loucura! Nós temos muita preocupação com o futuro do nosso país. Espero que o Congresso Nacional tome atitudes para dar um basta nessa situação de desgoverno”. Ainda assim, o senador descarta qualquer possibilidade de impeachment.

“Não estou aqui torcendo contra o piloto do avião, até porque eu estou dentro do avião. Ele foi eleito (…) Um presidente que tem no mínimo 30% de aprovação nunca é tirado por impeachment. A Dilma tiraram porque ela tinha 10%. Temos que torcer. Que o governo se reformule e mude os rumos. A situação econômica do país está se deteriorando muito rapidamente. O poder de compra da população está caindo drasticamente”, analisou. Para o ex-ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, o ex-presidente vai manter sua força política mesmo que tenha sua inelegibilidade decretada: “Nunca esteve tão forte como hoje, e vai se tornar mil vezes mais forte se cometerem essa injustiça. Muita gente tem a dúvida se as pessoas vão aceitar o Bolsonaro inelegível (…) As pessoas não vão aceitar essa injustiça. Eu espero que ela não ocorra e que se deixe a população escolher o que é melhor para o seu futuro”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

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